Postagem realizada em: 21/03/2007 às 14:21:34 - Última atualização em: 30/11/-0001 às 00:00:00
Autor: Fernando Mustafa Costa

Atividade de Aula - 19/03/2007
ÁLGEBRA BOOLENA
Lógica e recuperação
A lógica é um ramo do conhecimento humano que nos leva a desenvolver raciocínios corretos, visando à solução de problemas. E um dos principais problemas que os profissionais da informação encontram na construção de Sistemas de Recuperação da Informação (SRI’s) é a dificuldade de tornar a linguagem de sistemas, artificial, clara e de fácil uso pelos usuários que usam a linguagem natural.
Podemos dizer que em um SRI existem três processos básicos: indexação, armazenagem e recuperação. Tanto em sistemas manuais quanto automatizados, que é o nosso foco. Os dois primeiros processos são análogos. Já o terceiro, recuperação, se distingue muitos dos manuais devido às linguagens de busca e lógicas de busca. Esta, na qual podemos entender como os recursos e termos utilizados pelos usuários para consulta em base de dados, manuais, catálogos etc. O ideal então, para uma excelente busca, seria a aproximação das linguagens de indexação (termos usados pelo indexador) e as linguagens de busca, ou natural.
Existem três tipos de linguagem de indexação: as controladas tais como tesauros, classificações decimais; as naturais que geralmente são os termos extraídos do próprio documento e as linguagens livres. O uso de alguma destas ferramentas para buscas pode facilitar muito na recuperação, visto que as linguagens estariam próximas.
A lógica de Boole
A lógica de busca “constitui o meio para especificar combinações de termos que devem ser obtidas para se chegar a uma recuperação bem sucedida” (ROWLEY, 1994, p. 119). Literalmente, “a lógica booleana é usada para ligar termos de linguagens controladas ou linguagens naturais, ou de ambas. A lógica é empregada para ligar os termos que descrevem os conceitos presentes nos enunciados de busca. [...] A lógica de buscas permite a inclusão do enunciado de busca de todos os sinônimos e termos relacionados, além de especificar combinações aceitáveis e inaceitáveis de termos de busca”. (APUD, p. 120).
Os operadores boolenos
Os operadores de Boole estão abaixo relacionados na tabela:
Símbolos |
Definições |
Características |
E , AND, ( * ) |
A E B – A * B – A Intersecção B |
Operação conjuntiva que faz uma intersecção dos termos atribuídos na indexação. Recupera-se tanto o termo A quanto o B |
OU, OR, ( + ) |
A OU B – A + B – A União B |
Operação Aditiva que representa a soma dos conjuntos, isto é, na busca pelos termos. Recupera-se um ou outro termo |
NÃO, NOT, ( - ) |
A NÃO B – A - B |
Operação subtrativa que delimita a busca. Exclui o segundo termo de busca. |
Para quem quiser informações mais práticas sobre os operadores e sobre Boole, recomendo uma visita ao Blog da Michele (http://nexus.futuro.usp.br/blog/~mic_ov), ao site da Biblioteca do Congresso (Library of Congress) dos Estados Unidos que além dos operadores comuns, propõe a pesquisa entre parênteses (Nesting) e a plataforma Wikipidia. Álgebra Boolena http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lgebra_Booleana e George Boole http://pt.wikipedia.org/wiki/George_Boole.
Por fim, a lógica de Boole é um modelo de busca. Le Coadic (2004, p. 73) propõe outros modelos de processo de recuperação de informação como o modelo Vetorial que efetua cálculos de similaridades entre os documentos e consultas; o modelo Probabilístico que se baseiam em conceitos de relevância e os lingüísticos. No entanto, estes ficam para um próximo capítulo. Não percam.
Bibliografia consultada
Blog da Michele Disponível em:http://nexus.futuro.usp.br/blog/~mic_ov Acesso em: mar. 2007
Biblioteca do Congresso (Library of Congress). Disponível em: http://catalog.loc.gov/help/boolean.htm. Acesso em: mar. 2007
FILHO, Benigno Barreto. Matemática aula por aula. São Paulo: FTD, 2000.
LE COADIC. A ciência da informação. Brasília: Briquet de Lemos/ Livros, 2004.
ROWLEY, Jennifer. Informática para bibliotecas. Brasília: Briquet de Lemos/ Livros. 1994.