2010 - RECURSOS INFORMACIONAIS II   (desde o post anterior)

 

SILVA, Armando Malheiro da. Mediações e mediadores em Ciência da Informação. Prisma.com, Porto, n. 9, dez. 2009. Disponível em: <http://prisma.cetac.up.pt/Prisma.Com_n9-Mediacao_e_mediadores_em_Ciencia_da_Informacao.pdf>. Acesso em: 01 mar. 2010.

 

Resenha (?) acerca do artigo referido acima

 

 

·         Língua e comunicação, mediadoras da essência humana.

 

Língua: mediadora modeladora do pensamento e linguagem de determinado grupo. Influi diretamente sobre o modo de pensar e agir de um ser humano.

 

Comunicação: mediadora da língua, mediadora de relações, mediadora de construções do ser e pensar humano. Quando institucionalizada, serve-se de estratégias para exortar o pensar.

 

Tal exortação, persuasão, pode ser notada nas ações realizadas pelos meios de comunicação de massa, os quais, às vezes, seguindo interesses, acabam por manipular as transformações culturais de comunidades específicas, massificando, de forma superficial, a cultura de determinados grupos.

 

 

·         Mediação e mediadores em Ciência da Informação

 

Na Biblioteconomia, temos a definição de mediação exportada de outras áreas. Tópicos explanados por Jesus Barbero, por exemplo, foram incorporados, sem a transformação necessária, à área da Ciência da Informação.

 

Dentro deste terreno de estudo (C.I), duas estruturações se opõem: uma mais dura, tecnicista, histórica e uma mais humanista, teórica. Indubitavelmente, a teoria precede a técnica, no entanto, pela trajetória histórica das bibliotecas e de seus procedimentos e técnicas, alguns fatores, quiçá negativos, mormente frente à atual conjuntura da sociedade humana como um todo, perduram até os dias atuais, arraigados na sociedade. De fato, tem-se que estamos inseridos dentro do contexto da mais recente e avassaladora revolução tecnológica, no entanto ainda não assimilamos de modo pleno as formas de relação incitadas por ela. Efetivamente, o contexto da Era da Informação suplica por mudanças nas estruturas no que diz respeito, neste caso, à questão do acesso à informação.

 

Nesse sentido, Paul Otlet e Ranghanatan são dois dos nomes mais lembrados pelas transformações que proporcionaram ao campo da Biblioteconomia. Efetivamente, ambos pelearam por, de fato, uma “sociedade da informação”, onde o acesso à informação por parte dos usuários é fator primordial dentro das estruturas da então ainda incipiente Ciência da Informação.

 

Como bem colocou P. Otlet, o bibliotecário necessita de motivação técnica, motivação intelectual e motivação social. Nesse sentido, hoje, face à explosão informacional permitida pelos meios digitais, o bibliotecário, através destes três pontos, deve se colocar como um seletor de informações para os usuários bem como um agente cultural frente à sociedade e às pessoas, ativando criticamente o usuário para que possa ele próprio assimilar o conteúdo informacional. Em suma, o profissional da informação deve fazer o elo de ligação entre pessoas e informação/conhecimento/cultura.

 

Todavia, diante da grande massa informacional solta na rede, o bibliotecário não é o único com o papel de mediador. Outros profissionais, que também têm responsabilidade como mediadores no acesso e uso de informação, juntam-se ao bibliotecário. Ademais, a chamada web 2.0 enseja a interação de qualquer pessoa junto às redes e proporciona a qualquer pessoa a participação, criação, apropriação e, não obstante, a mediação do processo de comunicação da informação.


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