Postagem realizada em: 08/03/2010 às 21:50:39 - Última atualização em: 30/11/-0001 às 00:00:00
Autor: Marcelo Daudt
RESENHA 1
PASSARELLI, Brasilina. Do Mundaneum à WEB Semântica: discussão sobre a revolução nos conceitos de autor e autoridade das fontes de informação". Disponível em: <http://www.dgz.org.br/out08/Art_04.htm>. Acesso em: 08 mar. 2010.
A autora nos introduz ao texto com uma pequena história de Paul Otlet, considerado o pai da documentação e da Internet, ao prever que um dia os usuários poderiam acessar bases de dados a grandes distâncias através de um aparelho elétrico conectado a uma linha telefônica, passando por Theodore Nelson, idealizador do hipertexto, e Tim Berners-Lee, que 1989 desenvolve a rede Internet, pensando-a como uma ferramenta acadêmica que permitiria aos cientistas compartilharem informações. Berners-Lee também foi o fundador do W3C - World Wide Web Consortium - órgão que administra a Internet nos EUA como um modelo baseado na neutralidade da rede, onde todos têm o mesmo nível de acesso e a informação é tratada com iguadade. Juntamente com esse modelo nasce o foco no usuário.
Há um concenso que caracteriza a Internet em três gerações, sendo que atualmente ainda estamos vivendo a segunda geração. A próxima geração (WEB 3.0), denominada por Berners-Lee como Web Semântica, terá uma maior capacidade de busca e auto-reconhecimento dos conteúdos através dos metadados com descrições ligados aos conteúdos originais. Projetos como o RDF (Resource Description Framework), estão sendo desenvolvidos justamente para se chegar a essa nova tecnologia. Mas a Web Semãntica não se faz somente com máquinas. Projetos como o Amazon Mechanical Turk recruta pessoas para desenvolver essa tecnologia.
Voltando a Web 2.0, a autora agora nos fala das comunidades virtuais, dando destaque as WIKI, sítios que permitem aos seus usuários agragar ou editar informações nele contido, levantando reflexões sobre as mutações que a comunicação, tanto informal como cientifica, vêm sofrendo. O hipertexto aparece como uma possibilidade de narrativa não-linear nos textos que surgem na Internet. Nesse contexto, George P. Landow discute os efeitos do hipertexto na cultura pós-moderna propondo a reconfiguração do autor, da escrita e da narrativa.
Um processo levantado pela autora é o movimento do livre acesso ao conhecimento, cada vez mais discutido no meio cientifico. Temos os repositórios institucionais, periódicos científicos eletrônicos, e-prints temáticos e auto-arquivamento em paginas pessoais como as plataformas que caracterizam esse movimento e acabam por divulgá-lo. O Brasil se insere nesse movimento através das suas principais universidades, que atualmente trabalham na instalação de seus repositórios institucionais.
Dando continuidade ao texto, agora a autora apresenta a Wikipedia como uma dessas estruturas abertas, que é uma enciclopédia livre, onde qualquer pessoa pode interagir e editar, desenvolvida em cima da licença GNU Free Documentation Licence, a mesma utilizada para o sistema operacional Linux, onde dá os direitos ao usuários de copiar, redistribuir e modificar os trabalhos, sendo obrigados a distribuir esses novos trabalhos sob a mesma licença.