Tim Berners Lee (nome completo: Timothy John Berners-Lee), é um cientista inglês, nasceu em 08 de junho de 1955 em Londres, formou-se em engenharia de sistemas pela Universidade de Oxford (Queen's College) em 1976. “Ainda enquanto estudante, construiu o que viria a ser o seu primeiro computador recorrendo a portas lógicas TTL, um ferro de soldar, um processador Motorola de oito bits (M6800) e peças de uma velha televisão”(1) . Plessey Telecommunications Ltd, em Poole, Dorset, UK, que fabricava equipamentos para a Telecom. Nela Berners trabalhavaem sistemas de transação distribuídos, de transmissão de mensagens e em tecnologia de código de barras. Foi funcionário da

Em 1978 passou a integrar a equipe da D.G Nash Ltd, de Ferndown, Dorset, UK, onde exerceu notável criatividade, tendo inventado, além de outros, softwares para impressoras inteligentes, e um sistema operacional de multitasking . Já no maior acelerador de partículas do mundo, a CERN (Laboratório Europeu para a Física de Partículas), em Genebra, Suíça, Tim Berners Lee passou um ano e meio como consultor independente. Lá ele desenvolveu se primeiro programa para uso próprio, com possibilidade de associações soberanas chamado Enquier ou Investigue, que deveria ser usado para armazenar informações. Esse programa nunca foi publicado, mas foi de extrema importância, pois serviu como base conceitual para o desenvolvimento da  WWW (World Wide Web). No período de 1981-1984 trabalhou na John Poole's Image Computer Systems Ltd, na área técnica de controle de tempo, gráficos e programas de comunicação, e como criador de um programa macro genérico.

Em 1984 retornou para a CERN com atribuições no campo de ação dos sistemas de documentação eletrônica e aquisição de dados científicos e controle de sistemas. Especialista em projetos de comunicações em tempo real e desenvolvimento de programas de processamento de textos, em 1989 propôs a CERN um projeto global de hipertexto o que logo em seguida se transformaria na World Wide Web. Assim Berners acabara de inventar a web, o que resolveu um enorme problema de comunicação e mudaria o mundo para sempre. Antes do desenvolvimento da rede, os arquivos eletrônicos que eram depositados na internet eram extremamente difíceis de se encontrar e o acesso às páginas somente poderia ser feito por um endereço: freqüentemente uma enorme cadeia de números. A internet existe, de várias maneiras e modelos, desde os anos 50, o que permitiu a transferência de dados de vários tipos nas últimas décadas, mas o que Berners-Lee criou tornou possível  o elo entre os conteúdos de servidores e, assim, permitir que documentos e outros textos fossem compartilhados por qualquer pessoa.

Em 1991 a web estava publicamente disponibilizada, quando ele criou o primeiro servidor e o primeiro browser e todos os protocolos centrais à operacionalização da rede mundial de computadores: o endereço URL, o protocolo HTTP e código HTML. Na área de atuação de Berners, antes da invenção da web, cientistas participavam de projetos afins, mas estavam separados por longas distâncias por usarem sistemas de computadores diferentes e, as ferramentas criadas por ele resolveram esse obstáculo. Essa nova facilidade de acessibilidade automática de informação passou a ser extremamente popular entre sociedade de físicos nucleares (1991-1993). Esse sistema de rede mundial transformou e tornou possível a navegação dinâmica da internet, tornando-a popular, deixando de ficar retida no reduto de cientistas acadêmicos para se alastrar como o meio de comunicação em massa mais rápido de todos os tempos. A criação da web é considerada por muitos a maior invenção dos últimos séculos, significando a revolução da forma de se comunicar e até de se socializar. Tim Berners Lee “nunca lucrou com seu invento, optando, em vez disso, pelo trabalho acadêmico nos EUA, na direção (1998-) de uma organização não lucrativa que normatiza as comunicações na Internet, o World Wide Web Consortium, o WC3, em Boston, Estados Unidos, um projeto Web do MIT” ( Massachusetts Institute of Technology) (2). Foi o primeiro homem a ganhar o Millennium Technology Prize, da Finnish Technology Award Foundation, o maior prêmio em ciência do mundo (2004), ganhou também o prêmio Nobel da tecnologia da informação.“Pelo reconhecimento dos serviços de desenvolvimento da Internet, através da invenção da rede por trás da sigla www, um sistema para organizar, relacionar e consultar páginas, o cientista foi sagrado cavaleiro comandante (2004) pela rainha Elizabeth II da Inglaterra, o segundo maior posto na hierarquia da Ordem do Império Britânico, durante uma cerimônia no Palácio de Buckingham. Em seleção feita por meio de quatro mil britânicos (2007) que receberam e-mails da consultoria com um pedido para que nomeassem as dez pessoas que considerassem gênios vivos, ficou em primeiro lugar. Para eleger os nomes, foram considerados critérios como criação de paradigmas, popularidade, poder intelectual, conquistas e importância cultural. Neste mesmo levantamento, entre os Top 100, ficaram empatados, em 67º lugar, o norte-americano que inventou o celular, Martin Cooper, e o co-fundador da Apple, Steve Woznia.” (3).

A respeito da decisão de não patentear o invento, Tim Berners escreveu no final da década de 90: "Ela é uma criação social, e não um brinquedinho” (4), e declarou não se arrepender da decisão. Ele considera que sua decisão de não patentear contribuiu para que o sistema web não tivesse um caráter de propriedade particular, o que tornaria muito cara a acessibilidade e, que antes outros sistemas foram criados, mas fracassaram por não serem abertos. O criador da web considera que a tecnologia ainda está em sua infância, alegando que, apesar do impacto que gerou em todo o mundo, apenas um quarto da população mundial tem acesso à Internet. Duas décadas depois de sua criação, a www levanta questões até mesmo estratégicas por parte dos governos sobre quem é que está no controle da rede. Hoje ele está envolvido com o projeto “web semântica”, o que deve aprimorar ainda mais os recursos da rede.Tim Berners expôs o que sonha acontecer: "O futuro vai colocar todos os dados do mundo na ponta dos dedos de cada usuário e a construção de sistemas sociais e novas formas de governo favorecerá a produção de novas maneiras para se trabalhar em conjunto" (5).

 

 

 

 

 Até a próxima aula!