Recursos Informacionais II

 

 

Reflexões sobre aula do dia 15/03/10

 

 

Novamente, mas não menos relevante, coloco algumas considerações sobre o “assunto do momento” das aulas da disciplina e, outrossim, que se põe no universo da “era da informação”: o boom informacional.

 

Destarte, temos com a revolução / evolução nas formas de armazenamento e transmissão da informação uma revolução também nos modos de sua disseminação, acesso e apropriação. Sim, tal fato não é assunto novo para nós, sobretudo para nós profissionais da informação. Todavia, apesar de estarmos inseridos em tal contexto, não sabemos aonde chegará o desenfreado volume informacional existente no mundo, obviamente este subsidiado por meios e suportes em formato digital de processamento.

 

Gradativamente a quantidade de informação presente, sobretudo no meio digital, cresce, ensejada, atualmente, pela Web 2.0. Entretanto, por tal exacerbada disseminação e publicação, não se dá conta do tratamento das informações de uma forma digna para que se possa obter acesso ao conteúdo que se deseja sem ruído e/ou silêncio. Muitas vezes, por exemplo, materiais de valor acabam por ficarem perdidos na imensidão do caos informacional por falta, justamente, de pontos de acesso, de metadados, de tratamento. Nesse sentido, os princípios e técnicas utilizados na área da Ciência da Informação, juntamente de outros métodos pertencentes a outros campos do saber, apresentam-se como insumos fundamentais para facilitar o acesso à informação.

 

Ademais, a democrática Web 2.0, apesar dos relevantes prós, surge com um óbice, na verdade vários, mas vale, especificamente, ressaltar um: a ausência de validação da veracidade e fidedignidade do conteúdo daquilo publicado. Eis aqui uma ilustração: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Keisuke_Honda>.

 

No entanto, ainda, ante as transformações acarretadas pela revolução dos meios e ao copioso volume informacional que cresce a cada momento, se pouco se consegue realizar o tratamento das informações dispersas pela rede, menos ainda se pensa nas mudanças que vieram a tomar forma no que diz respeito à relação informação x pessoa. Antes, com a informação documentada grifada apenas em suportes tangíveis, o modo de vida das pessoas era completamente distinto do modo de vida dos dias atuais, incitado pela automatização e informatização de uma série de atividades circunscritas ao mundo humano. Dessa forma, além daquilo supracitado  -  de que a relação informação x usuário torna-se informação x usuário / desenvolvedor / tratador, uma vez que o antigo “consumidor” de informação hoje já é um sujeito obsoleto, pois a Web 2.0 permite que qualquer pessoa, ainda que de maneira informal, aproprie-se de informação, produza conhecimento e crie metadados  -  , a apropriação cognitiva da informação por parte do sujeito mudou completamente, já que o digital permite interações mais efetivas com a informação e interrelações de um conteúdo com outro  -   o  hiperlink, imaginado pelo saudoso P. Otlet, é um exemplo disso.

 

Após essas passagens, enfim, fica uma questão: para onde se delineia o universo da informação e a incipiente Ciência que a tem como missão? Só o tempo dirá? Comentários abaixo (ou não)...

 


© 2017 - 2025 by NeoCyber.