Postagem realizada em: 14/03/2011 às 11:24:11 - Última atualização em: 30/11/-0001 às 00:00:00
Autor: Adriana Mariana de Araujo Rodrigues

RECURSOS INFORMACIONAIS II - 1º sem/2011
1ª AULA DO SEMESTRE:
- apresentação do novo ambiente virtual de aprendizagem: inexus;
- orientações gerais sobre a disciplina e cronograma;
- discussão e detalhamento dos conteúdos e atividades (materiais de leitura, vídeos, interação);
Textos realcionados:
Do Mundaneum à WEB Semântica - Autora: Brasilina Passarelli
Mediações e Mediadores em Ciência da Informação - Autor: Armando Malheiro da Silva
Estadão - Um ano de Sabático
- Entrevista com Umberto Eco sobre o futuro dos livros, matéria sobre a biblioteca de Nova York como refúgio da crise.
Vídeos relacionados:
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Informação na era digital
Lady Gaga na biblioteca
Do Mundaneum à web semântica, mediação e o futuro dos livros:
O modelo aberto da Internet foi inicialmente desenvolvido pelo cientista britânico Tim Berners-Lee, em 1989, como uma ferramenta acadêmica que permitiria aos cientistas compartilhar informações. O conceito evoluiu e hoje, além de especialistas ou cientistas, qualquer pessoa pode compartilhar informações por meio de uma rede, sejam elas de qualquer natureza, estabelecendo conexões e construindo comunicação.
Essa comunicação, elo entre enunciador e destinatário, manifesta-se pela emergência de uma linguagem e de um sistema de representações comuns a toda uma cultura socialmente estabelecida e esse sistema, por sua vez, gera sociabilidade, ou seja, identificação social.
Desse conceito, sobressai um outro, que é o da mediação, a comunicação enquanto mediação institucional e as estratégias de comunicação, entendidas como aquelas praticadas pelos sujeitos comunicantes na lógica institucional. Essas estratégias veiculam no espaço da comunicação mediatizada as representações dos sujeitos, que, graças a elas, desemprenham atividades e executam projetos.
Assim, chega-se ao conceito de Martin-Barbero de que "não existe comunicação sem cultura, nem cultura sem comunicação".
Ampliando essa idéia, chegamos ao ponto exato em que a questão da mediação se faz presente e central na discussão: a relação entre o mediador, que permite o fluxo permanente de sentidos e a mediação, articulação entre os processos de produção dos media e sua utilização. Para Martín-Barbero há uma relação entre cultura local e cultura mediática, espaço de negociação das identidades segundo
os contextos culturais. Ele adverte, ainda, que a tecnologia deve ser pensada em termos de dispositivos de criação e produção do conhecimento.
A mediação, sobretudo, deve ser encarada pelos profissionais da informação como uma categoria em que eles próprios devem inserir-se, não numa visão custodial, tutorial, mas numa perspectiva interativa e colaborativa.
Assim, segundo Alex Primo a interação não pode ser reduzida à transmissão de informações, a cognição não pode ser reduzida à simples cópia do real. A partir de um olhar focado no que se passa entre os interagentes (sem que esse foco recaia exclusivamente sobre a produção, ou recepção, ou sobre o canal), no relacionamento ali estabelecido, propôs-se dois tipos, dois grandes grupos de interação mediada por computador. Na interacção mútua, os interagentes aderem a contínuas problematizações, e a relação entre eles é um problema que gera uma constante negociação, desenvolvendo-se uma dinâmica com impacto recursivo sobre a relação e sobre a conduta dos interagentes.
Postado por Adriana Rodrigues em 14/03/2011, às 11:21, ECA/USP
