Umberto Eco


Recursos Informacionais II - 1ª aula

A primeira aula ocorreu no dia 14/03 e houve a apresentação da disciplina. Juntamente, apresentou-se o novo site do Nexus, o iNexus.
Uma questão foi trazida para a sala de aula após leitura de quatro textos determinados pela professora: o acesso eletrônico tornará o acesso físico obsoleto? Este é, usualmente, um questionamento formulado por jornalistas ou pessoas com obscuros interesses pelas mídias eletrônicas, as chamadas "línguas de aluguel" ou apenas interessados em vender jornal ou assinaturas. É impossível conceber a substituição total dos livros, principalmente no que concerne um grande trabalho braçal que é a digitalização. Mesmo se fosse possível, não há garantias que absolutamente todos os exemplares seriam digitalizados. Um exemplo disso é a busca por alguns filmes em DVD que antes se via em fitas VHS, não se encontrará todos os filmes lançados, ou seja, contatamos uma defasagem de informação neste processo, por que isso não aconteceria com os livros?
A biblioteca é uma instituição que se encontra no epicentro desta discussão, por ser uma provedora de informações, assim como a internet o é. O acesso físico à biblioteca é considerado como um fator de desvantagem para ela, mas o que acabam por esquecer é que a biblioteca está se inserindo no ambiente digital, com assinaturas de bases de dados e criação de bases próprias, garantindo um acesso restrito pelo endereço de conexão da biblioteca. É pouco o diferencial que aí se encontra se formos comparar apenas esses dois quesitos. Então, onde residiria um diferencial mais agudo? Simples, nos bibliotecários.
O bibliotecário encontra-se, de uma maneira geral, perdido em meio a este cenário digno de comparação às cenas do filme "Platoon". Confunde-se o novo cenário da biblioteca com um cenário arcaico que não lhe é mais cabível, como um retiro monástico em que a menor deturpação de silêncio é digna de expulsão. A biblioteca tem de se tornar, em sua totalidade, em um ambiente de permuta, de troca de informações, e o bibliotecário deve agir como mediador dessas trocas e filtro da informação pertinente ao usuário.
Cabe a pergunta: estamos nós, bibliotecário e futuros bibliotecários, preparados para isto?

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