Postagem realizada em: 14/03/2011 às 11:26:41 - Última atualização em: 30/11/-0001 às 00:00:00
Autor: Eduardo Rodrigues

As incessantes mudanças possibilitadas pelo advento da internet, idealizada pelo entusiasta Paul Otlet há cem anos, representam novas possibilidades e diferentes abordagens acerca de conceitos que imaginávamos até então estar plenamente consolidados, a exemplo da palavra "autoria". No atual cenário, o pesquisado freqüentemente também é criador, a exemplo do que ocorre na Wikipedia.
Mecanismos de busca da informação, ferramentas de criação e inserção de conteúdo como blogs e o conceito de criação colaborativa, a cada dia, diversificam e ressaltam a importância do profissional de biblioteconomia (e de comunicação, de um modo geral) no que diz respeito à mediação. Este termo, até então, era restrito à concepção jurídica, significando o papel de medicar ou mitigar conflitos entre partes antagânicas. Hoje representa a possiblidade de se exercer um papel de "ponte" entre a informação e as pessoas que dela necessitam.Na compemporaneidade, o bibliotecário já não é um custodiante apenas, um guardião de livros e suportes. Nas bibliotecas, além da pesquisa bibliográfica, serviços diferenciados podem ser prestados, a exemplo da elaboração de currículos e de outros tipos- antes inusitados - de tratamento da informação. Também o profissional compete filtrar a informação relevante do que não é necessário ao usuário, ou seja, prezar pela qualidade informacional. No entanto, a descentralização da informação não significa "a morte do papel", como pensam alguns. É muito provável que haverá por muito tempo (ou permanentemente) uma convivência entre diversos suportes e possibilidades. Deste contexto de significativas mudanças podemos inferir que nele existem possibilidades instigantes e desafiadoras, que poderão ressaltar a importância do profissional da informação, além de multiplicar as alternativas de atuação nas mais diversas áreas. Entretanto, não podemos deixar de ter em mente a necessária atualização constante dos profissionais da área, a fim de que possamos estar à altura das inovações e das demandas delas resultantes. Se a informação hoje é vista por meio de um novo prista, um novo profissional de mediação e tratamento da informação é requisitado. Disso concluimos que há de fato um longo caminha a ser trilhado.