Olá!

 Saudações tricolores!

          Tivemos, hoje, a apresentação do seminário sobre as bases de dados numéricas. Foi salientada a importância de se quantificar dados referentes aos mais distintos aspectos de um território e/ou sociedade, com o intuito de melhor controlá-lo e/ou desenvolvê-lo. Ocorreu um pequeno entrevero, por conta da exatidão ou não das estatísticas. Entendi que o colega que apresentava procurou mostrar que as estatísticas não se resumem aos números brutos, mas que demandam interpretação e os mesmos dados podem redundar em diferentes interpretações, dependendo da metodologia empregada. Acredito que o desencontro de ideias se deu mais pela interpretação do que foi falado. Mas é aquela coisa. Quando todo mundo tem razão... Foi discutida a origem do termo Estatística, que seria “ciência do estado”. Estado pode ser considerado tanto como a organização estatal, que coleta esses dados para ter ciência e controle do que a integra, como o estado das coisas, um diagnóstico da situação atual de determinado território ou sociedade. Outro ponto importante a ser levado em consideração é a credibilidade dos institutos que fornecem as estatísticas de modo a aferir se as informações apresentadas são relevantes ou não.

          Foram apresentadas diversas bases de dados. Dentre as nacionais, foram apresentadas as do IBGE, que é o órgão que fornece os dados oficiais sobre o Brasil. Foi criada nos anos 30, sob a tentativa do governo Vargas de centralização política após o período de grande descentralização federalista que se desenvolvera durante a República Velha. Oferece serviços múltiplos, inclusive seções destinadas a públicos infantis e de adolescentes, fornecendo bons subsídios para a utilização em aulas, por exemplo, possibilitando aos estudantes não apenas ouvirem ou decorarem dados, mas de apropriarem-se destes e a partir daí construir seu conhecimento sobre o Brasil e o mundo. O SEADE é um órgão do governo do estado de São Paulo, criado na última década do século XIX, que disponibiliza informações referentes ao Estado de São Paulo. É um importante contraponto aos dados apresentados pelo IBGE, como explicitado no seminário com a análise de dados referentes ao desemprego por ambas as instituições, por exemplo. Um aspecto inegável, porém, é que em ambas se possibilita o cruzamento de dados e maior interatividade da parte de quem visualiza os dados, fator que facilita e abre maiores possibilidades de pesquisa e análise. O DIEESE é criado durante os anos 50, num contexto político de consolidação das leis trabalhistas – implementadas principalmente na década anterior sob a ditadura Estado Novo – e de fortalecimento dos sindicatos – embora o peleguismo imperasse. Foi criado com o intuito de coletar dados que dessem base a esses sindicatos fundamentarem suas reivindicações junto às classes patronais. Assim, podemos visualizar, por exemplo, índices como o da cesta básica nacional, com dados referentes a produtos de primeira necessidade, dados muito caros aos trabalhadores em geral. foram apresentadas algumas bases de dados voltadas a áreas específicas como o SONDA, que tem maior foco na área de energia, e o TOPODATA, voltado a dados geomorfológicos.

               Das bases internacionais, tivemos muitas ligadas à ONU, como a UNDATA, voltadas aos países em geral, e as mais seccionais como as vinculadas à OMS e UNICEF. Também i apresentada a Market Access Database, vinculada à EU, com maior foco nos negócios, com acesso a dados comerciais e econômicos. E a PORDATA, vinculada a uma Fundação portuguesa, que disponibiliza dados sobre Portugal, mas voltada a um público-alvo mais amplo, com serviços de informação sobre o funcionamento da base, como conhecer seus recursos, etc.

              Bom, é isso. O mesmo que escrevera ao final da última postagem vale aqui.

             Abraço e bom feriado de Dia do Trabalhador (Dia do Trabalho só na quarta, para não deixar os patrões em polvorosa. rsrsrs).


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