O poder de alcance do Google Na terceira aula foram tratados temas relacionados aos sistemas de busca existentes na Web, e como estes modificaram-se ao longo do tempo, trazendo mudanças inclusive para as grandes empresas prestadoras deste serviço e o modelo de negócio mais viável. O Google não foi o primeiro serviço deste tipo a surgir, mas alcançou notoriedade em nível mundial não só pela forma como recupera os resultados na busca mas também por estender seus serviços em diversas ferramentas, buscando reuni-los numa única plataforma.

Segundo o caderno de notícias FolhaMais!, publicado em 29 de fevereiro de 2006 com o título Curto-circuito na Rede, o Google passava por um momento de tomada de decisões importantes quanto a o que aceitaria para ampliar o acesso em todos os países. Para que pudesse entrar no mercado chinês teve que ceder a normas impostas pelo Governo que acarretam em censurar determinados conteúdos opostos aos interesses do Governo. Esta decisão certamente diz muito sobre os interesses da empresa e até que ponto é possível garantir o ideal de liberdade de expressão e acesso livre à informação.

De lá para cá o poder de influência do Google apenas aumentou, incorporando grandes redes sociais a sua empresa. Certamente essa realidade leva a questionamentos acerca do real poder que a hegemonia de uma empresa pode ter sobre o que veicula, no caso o acesso à informação em diferentes formatos e fontes. Embora uma ferramenta de grande capacidade de busca seja essencial e isso explica o porquê de sua adesão tão grande, é também inegável que pode afunilar os resultados durante a busca, pois limita os acessos às páginas que já são mais citadas e visitadas. E quando permite que diversos serviços sejam realizados numa mesma plataforma é questionável até que ponto o que ali é veiculado pode ser imparcial ou propositalmente sugerido.

O Google é uma empresa com interesses comerciais e que para atingir seus objetivos deve fornecer seus serviços de forma a sempre se beneficiar. Na sequência do artigo citado acima foi publicada uma entrevista intitulada A regra do jogo para John Battelle, co-fundador da “Wired”, Google pode ter imagem arranhada, que na época afirmava que apesar das decisões tomadas pelo Google o máximo que aconteceria seria uma “imagem negativa” associada à empresa, mas que isso não acarretaria em grandes problemas futuros, o que é mais que perceptível quando se analisa seu crescimento nos últimos anos.

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