Postagem realizada em: 16/05/2016 às 09:09:05 - Última atualização em: 30/11/-0001 às 00:00:00
Autor: Liliane Aparecida Sanches Pio

O seminário da última aula foi referente à mais famosa base de dados internacional: Web of Science, do grupo Thomson Reuters. A Thomson Reuters é uma empresa multinacional fundada em Toronto, fruto da aquisição da britânica Reuters pela canadense Thomson Corporation em Abril de 2008. A apresentação do seminário explicou detalhadamente a evolução histórica da empresa e a diversidade de opções e recursos, fazendo navegação em tempo real no seminário. Como destaque para o post de hoje, escolhi discorrer brevemente sobre uma métrica muio famosa calculada e disponibilizada pela Thomson Reuters: o fator de impacto, conhecido também pela sigla FI. Esta métrica tem por objetivo fornecer uma medida de comparação entre diferentes periódicos de uma dada área para servir como um indicador do impacto existente na área. Na forma matemática, o FI de um periódico é calculado como o número médio de citações dos artigos que foram publicados durante os dois últimos anos. Por exemplo, o FI de um dado periódico em 2015 pode ser calculado como se segue: --> O fator de impacto de 2015 = A/B, sendo que: --> A é o número de vezes em que os artigos publicados em 2013 e 2014 foram citados por periódicos indexados durante 2015 --> B é o número total de itens citáveis (geralmente artigos, revisões, resumos de congressos ou notas, não sendo computados editoriais ou cartas ao editor), publicados em 2013 e 2014. Aplicando-se a equação descrita acima, se no tal periódico foram publicados 200 artigos científicos no biênio 2013-2014, e se no ano seguinte estes receberam 1000 citações, seu FI em 2015 será 1000/200 = 5.0. Apesar da contribuição desse indicador para a comunidade científica,o FI tem sofrido duras críticas, pelo interpretação e uso inadequados. Diversos fatores devem ser considerados ao se interpretar o valor do FI de um dado periódico e utilizá-lo em avaliações de cientistas e instituições, como a própria validade do FI (que considera a auto-citação); o fato de que a publicação de apenas artigos de revisão ou artigos originais e de revisão podem ter maior valor de FI do que os periódicos que publicam apenas artigos originais; ou ainda a pequena discussão sobre a quantidade de periódicos por área de conhecimento, a variação do número de referências por artigo em cada área, ou o regionalismo de algumas áreas e periódicos. Ainda que sofra tantas críticas, o FI é largamente utilizado atualmente e tem grande relevância, por isso como futuros profissionais da informação devemos entender sua função, principalmente se pensarmos em trabalhar fornecendo apoio à pesquisadores em bibliotecas universitárias.