A evolução da web e o futuro das demais mídias


A world wide web transformou-se, ao longo das últimas décadas, em uma rede mundial de informações com proporções imensas. Além de altamente dinâmica, tem espaço ilimitado e está disponível a milhões de pessoas ao redor do mundo. Atualmente, já é o segundo maior sistema de comunicação existente, sendo somente superado em alcance e volume de tráfego pelo sistema mundial de telefonia.

Quanto ao contexto da sua gênese, constatamos que seu surgimento se deu durante a Guerra Fria, quando os objetivos da sua criação eram militares. Nesse sentido, a rede serviria como método de prevenção para o caso de investidas dos inimigos que fossem capazes de destruir os meios convencionais de comunicação. Nos anos 70 e 80, além de ser usada pelas forças armadas, a Internet também foi um meio de comunicação fundamental para as Universidades, uma vez que estudantes e professores, especialmente os norte-americanos, trocavam mensagens e compartilhavam ideias pela rede mundial. 

Mas foi no início da década de 90 que a grande rede começou a ficar disponível para a população em massa. Nesse período, o engenheiro britânico Bernes-Lee instituiu  a World Wide Web, que inovou ao oferecer conteúdos gráficos e o funcionamento mais dinâmico dos sites. Esses fatores foram fundamentais para que a grande rede se desenvolvesse vertiginosamente, chegando a ser comparada à invenção da televisão.

Em meados da década de 2000, iniciou-se uma nova era na Internet com o advento das redes sociais como o Orkut, que se tornou muito popular no Brasil. Em pouco tempo surgiram os sucessores, como o Facebook, Twitter, Google Plus e Instagram, até hoje em muita evidência.

Sob o domínio da Internet, percebemos que o destino de todas as demais mídias ainda é imprevisível. A aparente tendência é que se ela abarque todas as outras formas de comunicação e, portanto, as tradicionais terão que buscar espaços alternativos, se é que continuarão existindo.

Devemos considerar que está sob ameaça o sistema de comunicação que parte de um para uma multidão, além da configuração das redes que se multiplicam a partir de centros de difusão – esse padrão centralista é a fator fundamental para que os proprietários ou concessionários de canais de TV, por exemplo, mantenham monopólios que sustentam a estrutura comercial que os alimenta.

Já no ambiente novo da Internet, a maior margem de liberdade propiciada cria um meio peculiar de comunicação interpessoal, atenuando ao máximo os bloqueios de transposição dos elementos reais a universos simbólicos possíveis. Ao mesmo tempo, e, talvez, de maneira infeliz, a rede também viabiliza o ressurgimento de alguns conceitos e valores rechassados ao longo da História e que se mantinham recessivos na sociedade, como o racismo e os crimes motivados por divergências religiosas.

 


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