Atividade Externa - 11/06
Postagem realizada em: 15/06/2018 às 22:57:41 - Última atualização em: 21/06/2018 às 11:40:55
Autor: Luana Campanhola
RESENHA
ATORES EM REDE: ETNOGRAFIA VIRTUAL NO PROGRAMA ACESSASP
A percepção do mundo moderno convive com coordenadas de compartimentalização das informações, especificando nichos, quantificando dados e qualificando informações. No século passado tivemos o surgimento da teoria da comunicação com pensadores e pesquisadores de áreas como filosofia, sociologia, psicologia e linguística aportando importantes contribuições em hipóteses e análises sobre a comunicação mediada como fenômeno social. Embasados na sociologia, centraram seus estudos sobre as formas de comunicação no emissor. Os estudos culturais e de recepção buscavam investigar as mediações, bem como as representações das mídias para os receptores.
Diante da sociedade em rede muitos teóricos passam a estudar o fenômeno da comunicação online e científica. Tem-se também estudos sobre cibercultura, desenvolvimento e design de tecnologia. E é na no encontro das heranças europeias e americanas que se concentram os estudos e pesquisas apresentados, procurando desvendar e conhecer os contornos da sociedade em rede contemporânea.
Dado esse contexto o artigo então apresenta alguns estudiosos e suas contribuições no campo. É apresentado David Silver, que distingue três gerações de estudo sobre a cibercultura. A primeira sendo marcada pela descrição jornalística a respeito do tema; a segunda caracteriza-se pelo teor acadêmico dedicados a meios como comunidades virtuais e identidade online; e a terceira designa estudos críticos sobre a cibercultura. Temos também Howard Rheingold com os estudos sobre as comunidades coletivas virtuais; Pierre Lévy sobre o ciberespaço e o virtual; Derrick de Kerckhove trabalhando com a “inteligência conectiva”.
O artigo então apresenta a pesquisa de Bruno Latour que pensando as conexões entre os participantes da rede, desenvolve a teoria do ator-rede. Partindo de estudo etnográficos busca romper com a divisão sujeito-objeto para pensar a crise da ação do sujeito sobre a natureza.
Com a finalidade de pensar e pesquisar a rede o Núcleo de Pesquisa de Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas à Educação (NAP) Escola do Futuro - USP, instituiu em 2008 o Observatório da Cultura Digital. Seu foco é no desenvolvimento de estudos teórico-epistemológicos sobre a sociedade em rede, pesquisas destinadas a observar e descrever etnograficamente as conexões das tramas da rede, analisar seus eixos sociais, técnicos e sociotécnicos. As autoras ainda apresentam diversos indicadores globais e locais de conectividade, mostrando o cenário atual da internet no mundo e especificamente no Brasil.