#07 & #08 - Mais um pouco sobre os seminários!


Seminário 5 - Bases de Dados de Grandes Grupos Editoriais

O grupo apresentou um interessante debate sobre o oligopólio das publicações científicas.

O oligopólio das editoras de periódicos científicos e a pressão por publicações dos cientistas.

 

Fonte: http://oxigenio.comciencia.br/o-oligopolio-das-editoras-de-periodicos-cientificos-e-a-pressao-por-publicacoes-dos-cientistas/

"A história dos periódicos científicos é marcada pela consolidação do oligopólio de seis grandes editoras comerciais, principalmente após os anos 90. Essa é a conclusão de uma pesquisa canadense publicada na revista Plos One em junho de 2015.

O estudo é baseado na análise de 45 milhões de documentos indexados na plataforma Web of Science entre 1973 e 2013. Os autores observam o crescimento de seis editoras comerciais: Elsevier, Blackwell, Springer, Taylor & Francis, American Chemical Society e Sage, que se fundiram com editoras menores. Atualmente esse grupo concentra 70% da produção em ciências naturais e médicas e ciências sociais aplicadas indexadas na Web of Science.  Por exemplo, em 1995 a concentração dos artigos de ciências sociais nessas editoras era de 15%, mas em 2013 passou para 66% das publicações.

Uma das exceções é a Física, com menor concentração de editoras comerciais. O motivo é a força das sociedades científicas da área que promovem a cultura de publicação em pre-print de acesso aberto.

As humanidades e artes também têm apenas 20% de artigos concentrados no grupo de editoras comerciais. Isso porque nessas áreas é comum publicar em livros ou em periódicos locais, pouco internacionalizados. Segundo o estudo, não é lucrativo para as grandes editoras explorar essas áreas.

O problema desse oligopólio de editoras comerciais é que a comunidade científica fica dependente do sistema. Nesse ambiente, os pesquisadores são pressionados a publicar em revistas de alto impacto, o que pode interferir até em seus objetos de pesquisa. Outro problema é o lucro abusivo dessas editoras. Elas diminuíram gastos com impressão e distribuição a partir da publicação digital, mas ainda cobram pela submissão de artigos, que são os produtos vendidos mundialmente por meio de assinaturas. Para se ter uma ideia, as bibliotecas acadêmicas são responsáveis por até 75% das receitas dessas editoras.

Os autores do estudo afirmam que cabe à comunidade científica quebrar esse oligopólio. Já há movimentos nesse sentido, como a “Primavera Acadêmica”, em que bibliotecas de universidades como a da Califórnia e Harvard ameaçaram boicotar grandes editoras que tenham fins lucrativos, para minimizar esse controle no meio científico e política de preços agressiva.

Se interessou pelo tema? Leia o artigo “The Oligopoly of Academic Publishers in the Digital Era” no site da revista Plos One. Ah, e se quiser saber mais sobre a história dos periódicos científicos, ouça o nosso “Arquivo da Ciência” do programa 10."

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Seminário 6 - Recursos de Busca da Internet: Google e seu Universo

Trazemos uma interessante matéria sobre a história dos buscadores:

https://canaltech.com.br/internet/conheca-a-historia-dos-buscadores-e-veja-como-o-google-alcancou-o-topo-47289/

O grupo também abordou todos os subprodutos do google.

"A Internet, a Web e os mecanismos de busca - que atualmente são tratados quase como sinônimos - tornaram o acesso à informação mais simples e próxima da vida das pessoas. 

Antes da existência  de buscadores como o Google e antes mesmo do nascimento da World Wide Web (rede de alcance mundial), ferramentas para localização de informações já haviam sido desenvolvidas e hoje formam os alicerces dessas facilidades. 

Em 1990, a grande dificuldade na busca e recuperação de dados motivou os estudantes canadenses Alan Emtage e Bill Heelan a criar a primeira ferramenta de busca. O Archie, como foi batizado, indexa nomes e descrições de arquivos e foi projetado para buscá-los em redes de acesso público em um servidor FTP (Protocolo de Transferência de Arquivos). 

Com a finalidade de efetuar a busca e a recuperação de documentos e serviços na Internet, em 1991, foi lançado o Gopher Internet Protocol, por Paul Lindner e Mark P. McCahill da Universidade de Minnesotta. Esse novo protocolo tinha como principal inovação a procura de arquivos dispostos na forma de menus. Um ano depois foi desenvolvido o Veronica, sigla para Very Easy Rodent-Oriented Net-wide Index to Computerized Archives, ferramenta para vasculhar palavras-chave nos títulos dos documentos, em servidores Gopher, ao mesmo tempo.

Com o advento da Web, e em conseqüência de seu crescimento acelerado, começam a ser desenvolvidos os primeiros mecanismos de busca e, em 1993, surge a primeira ferramenta específica para pesquisa de suas páginas. Criada por Matthew Gray, ela foi chamada de Wandex, um robô de computador que contava servidores ativos. No mesmo ano, apareceu o similar Aliweb, uma das primeiras tentativas de criar motores de busca por palavras-chave, mas que causou o retardamento do sistema devido aos inúmeros acessos.

Considerado a primeira ferramenta a permitir a busca por qualquer palavra, em qualquer página da WWW, o WebCrawler utilizou-se de robôs para localizar documentos na Web, indexar e extrair a informação dos documentos. Mas foi o Lycos que, no mesmo ano de 1994, se popularizou e se tornou uma das ferramentas de busca mais utilizadas naquela década.

Após o sucesso do Lycos, várias empresas passaram a seguir o preceito de oferecer serviços eficientes, de forma organizada e de acesso rápido. Entre elas, Northern Light, Infoseek, Excite e AltaVista competiam com o Yahoo!, um diretório que surgiu em 1994 e conquistou os usuários, no decorrer do tempo, ao fornecer uma indexação de páginas por meio da sua categorização e descrição de cara endereço.

Ironicamente, quatro anos depois, incentivados por David Filo, fundador do Yahoo!, dois jovens deram continuidade a um ousado projeto de criar uma ferramenta que possuísse a habilidade de rastrear os links na web, alcançando dados relevantes em grandes volumes de informações. Estava nascendo o Google, um buscador idealizado pelos fundadores Larry Page e Sergey Brin, que, com seus recursos e velocidade, tornou-se o maior portal de buscas da web e líder mundial do mercado. Utilizando de seu Page Rank (critérios para determinar a relevância dos assuntos dos sites, anexando as páginas mais procuradas em primeiro lugar na listagem), no ano de 2000, atingiu o número de um bilhão de sites em seu índice.

Em 2004, a Microsoft lança o seu novo MSN Search (hoje, Live Search) e se junta aos gigantes Google e Yahoo! no grupo dos mais utilizados mecanismos de busca que agora, além de páginas, também fazem a procura de imagens, notícias, grupos de discussão etc. 

Desde então, o mercado de buscas on-line se tornou cada vez mais lucrativo e competitivo. Querendo inovar, outros tipos de ferramentas vêem sendo elaborados e colocados à prova. Alguns se destacam, como o A9, programa de busca da empresa de comércio eletrônico Amazon.com, que junta vários tipos de arquivos diferentes em uma mesma busca -  simultaneamente na Web e dentro dos livros disponíveis em seu catálogo. 

Já o ChaCha.com aposta em um serviço com suporte humano, em tempo real, por intermédio de um chat para auxiliar seus usuários a encontrar o que precisam. 

O Brasil entra na disputa com dois portais. O Ontoweb é um buscador de informações governamentais de mídia eletrônica, primeiro no mundo a juntar engenharia de ontologias, semânticas, estruturas valorativas e técnicas de inteligência artificial para refinar os resultados. Já o Buscas.com.br, a ser lançado em 2007, aposta na regionalização da informação, permitindo uma melhor e maior apuração feita pelo próprio usuário, aprimorando sua experiência com mecanismos de buscas. Além disso, reunirá, em um único endereço na Web, inúmeros sites de buscas agrupados por países, possibilitando a localização do que deseja em diversos idiomas. 

Os atuais líderes, também apresentam seus experimentos. O Google com seu SearchMash oferece buscas personalizáveis com resultados do próprio mecanismo e de outros sites como o Wikipédia, por exemplo. Enquanto a Microsoft, por meio do Start, procura aperfeiçoar um serviço de página personalizada, bastante semelhante à que o líder do mercado já utiliza. Além disso, disponibilizou um curioso serviço protagonizado pela falastrona bibliotecária virtual Ms. Dewey, que faz de tudo para chamar a atenção do usuário. 

A evolução dos mecanismos de busca tem sido bastante expressiva, transformando a Web cada vez mais em um serviço de informação de cobertura universal, gerando usuários ávidos por melhores e consistentes dados, e é isso que o futuro aponta, uma busca intuitiva e precisa." (Fonte: https://www.baguete.com.br/artigos/180/ed-coelho/06/02/2007/breve-historia-do-tempo-dos-buscadores)

 


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