Postagem realizada em: 17/06/2019 às 10:49:11 - Última atualização em: 17/06/2019 às 10:49:39
Autor: Caio Almeida

A lógica do Open Access (ou Acesso Aberto) aplicada ao mundo científico implica na disponibilização gratuita de artigos publicados em plataformas. É importante notar, no entanto, que todos os processos da publicação científica ainda estão presentes, inclusive a revisão por pares. Em outras palavras não é uma forma de se auto publicar ou publicar com menor custo.

Recentemente, com a decisão da Fapesp de tomar parte no movimento da ciência aberta, foi definido que qualquer artigo ou publicação feita a partir de (ou com auxílio de) uma bolsa Fapesp, deve ser publicada em revistas de acesso aberto. A promoção destas ideias implica em uma maior disseminação do conhecimento científico, e portanto, um maior impacto e visibilidade dos resultados atingidos. O movimento da ciência aberta promove de certa maneira uma ciência de todos, em detrimento da antiga lógica em que para ter contato com estes materiais um valor alto teria que ser pago, pelo indivíduo ou instituição. Pode-se dizer que a ciência aberta descentraliza o acesso do conhecimento científico, idealmente popularizando seu consumo.

Existe um sistema de classificação entre publicações de acesso aberto, as revistas são divididas entre ouro, verde, bronze, híbrido, diamante/platina ou preto. Ouro, platina ou diamante são para revistas completamente de acesso aberto, sendo a diferença que as revistas ouro deixa o custo da publicação em cargo do autor. Verde é referente à possibilidade de auto arquivamento por parte de autores. Bronze implica na existência de um periodo de tempo antes das publicações serem abertas, e híbrido serve para revistas que publicam tanto em acesso aberto como fechado. Preto, por sua vez, designa uma cópia feita através de meios de compartilhamento pirata.