Quando a Inteligência Artificial bate à porta, como o bibliotecário atende?


Na atualidade já não causa estranhamento pensarmos que conversamos com robôs o tempo todo, como nos casos de chats de atendimento, ou ainda de que eles estão em um constante processo de interação e manipulação da informação, como vemos todos os dias os posts produzidos por bots em redes sociais, com perfis humanos fake. Isso quer dizer que chegamos ao futuro, muito retratado em filmes de ficção cinetífica dos anos 80, entretanto com uma pequena diferença: os robôs, por mais inteligentes que sejam, ainda dependem da interferência e ação humanas.

Sei que pode parecer inusitado o que direi a seguir, mas é justamente neste momento que a figura do bibliotecário coloca-se como fundamental. E sim, sei que você estava esperando que eu citasse os engenheiros roboticistas, os profissionais da tecnologia da informação ou ainda os grandes cientistas técnologos! Por isso me explico agora o porquê do profissional de Ciência da Informação ser tão importante no cenário citado.

A primeira coisa que deve ser dita é que a Inteligência Artificial não deve ser vista como um risco à profissão do bibliotecário, mas sim como uma grande aliada. No texto "Inteligência Artificial e Biblioteconomia: uma oportunidade ou uma ameaça?", Vizentim apresenta um panorama muito positivo com relação ao cenário dos Chatbots de arquitetura baseada em NPL (Processamento de Linguagem Natural). Neste caso, como os robôs são guiados por orientações do que você escreve ou fala, existe a necessidade da compreensão da intenção do usuário e da identificação mais eficaz possível da entidade (objeto da intenção), criando um perfeito caminho de comunicação entre o bot e a pessoa que faz uso dele. Claro está que a área de Biblioteconomia é ideal para fazer esta ponte. 

Outro fator que deve ser indicado é a maneira como a IA é aplicada, em que todos seus produtos são criados e gerenciados por meio de dados. Entretanto, para que isso ocorra de forma efetiva, a categorização dos dados é plenamente necessária. Os campos da Taxonomia e da Ontologia, ambos sistemas de classificação e de representação do conhecimento, são velhos amigos da Biblioteconomia e da Ciência da Informação e respostas excelentes para orientar os robôs a categorizar os dados corretamente.

É necessário ressaltar que há muito mais a ser explorado sobre este tema. Por isso, não pare por aí... O que mais você poderia ensinar a um robô como bibliotecário?

 

Fonte:

https://www.linkedin.com/pulse/intelig%C3%AAncia-artificial-e-biblioteconomia-uma-ou-aparecida-vizentim

https://www.linkedin.com/pulse/taxonomias-ontologias-e-aplica%C3%A7%C3%A3o-na-intelig%C3%AAncia-aparecida-vizentim?articleId=6579022285309530112#comments-6579022285309530112&trk=public_profile_article_view

https://www.i2ai.org/post/os-impactos-e-os-desafios-das-novas-tecnologias-nas-atividades-de-intelig%C3%AAncia

http://www.crb8.org.br/em-busca-do-bibliotecario-nos-projetos-de-ia/

 

 

 


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