IoT e Big Data
Postagem realizada em: 04/04/2020 às 14:02:15 - Última atualização em: 04/06/2020 às 16:50:09
Autor: Larissa dos Santos
Em tempos de ressignificação do que significa a convivência em sociedade em esferas afetivas, materiais e simbólicas, a Internet das coisas (IoT), Big Data e Inteligência Artificial (AI) provam ser dispositivos aceleradores do momento contemporâneo e hiperconectado.
A quarta revolução industrial, ou revolução 4.0 é o que alguns autores utilizam para caracterizar, como Schwab (2016), que a explica como uma soma de tecnologias de sistemas e máquinas inteligentes conectadas, tais como: as energias renováveis, nanotecnologia e biotecnologia, armazenamento de energia e computação quântica, IoT e AI e impressões em 3D. Essa integração entre os domínios físicos, digitais e biológicos se tornem sistemas de criações das ditas fábricas inteligentes, fazendo com que a quarta revolução industrial propicie a personalização totalizante de produtos e a criação de novos modelos operacionais que operam não somente o meio digital. Podemos, portanto, definir os meios dessa transformação em tecnologias de computação em nuvem, as redes sociais, smartphones, conjunto analíticos (Big Data), e inteligência artificial.
O conceito de cidades inteligentes passam pela IoT, ou seja, a inovação tecnológica que possibilitou inteligência aos objetos, tendo no seu sistema produtos como a Internet e objetos inteligentes, propiciando uma relação entre as coisas, serviços e pessoas através de redes inteligentes. A tendência é que tecnologias de acesso à nuvem, sensores, identificação de rádio frequência irão evoluir continuamente para atender este paradigma no qual os sistemas de informação e comunicação serão invisivelmente integrados no nosso espaço e circulação urbana (Gubbi et al., 2013).
Entretanto, o conceito de cidade inteligente não se limita apenas na oferta de internet de forma fácil, segura e de alta capacidade nos ambientes públicos, mas sim na integração de cidade e tecnologia, de forma ue trata-se da otimização da capacidade gerencial da qualidade de vida dos cidadãos, com auxílio da digitalização. O conceito de cidade inteligente significa, portanto, a eficiência, essa cuja operação baseia-se fortemente na gestão inteligente das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). A internet das coisas coloca as pessoas conectadas com tudo, com todos e em qualquer lugar.
E é fundamentalmente neste cenário de cidades inteligentes e no crescimento exponencial de dados atual que a Big Data se insere. O ambiente organizacional passa por um momento de um crescimento imenso na quantidade de dados coletados nos ambientes interno e externo ao digital. Comumente, podemos defini-la como um volume massivo de dados que não pode ser armazenado ou processado por técnicas tradicionais da computação. Atualmente, temos como grande desafio a criação de mecanismos que permitam um processamento e uma análise dessa grande quantidade de dados.
Big Data possui cinco características importantes e denominadas como “5Vs”: velocidade, variedade, valor, veracidade e mais importante, e massivamente, volume. A ferramenta mais utilizada para fornecer armazenamento e processamento de dados em hardware “commodity” atualmente é o Hadoop, um apanhado de programas e procedimentos em open source, usados para processar cargas de trabalho em big data e essencialmente ser altamente escalável. Seu grande diferencial é o custo e o adicional de adição de servidores com os recursos de CPU e memória necessárias para atender às necessidades de análise e armazenamento de dados. O LinkedIn utiliza-se deste sistema para alimentar sua recomendação de trabalhos.
Em suma, a massiva legião de dados produzidos mundialmente tem no uso do Big Data a possibilidade de observação da análise desses clusters de dados, e é nele que vem a sustentação de novas ondas de crescimento da produtividade, inovação e aumento de clientes, pois é uma oportunidade mensurável de encontro de informações sobre emergentes tipos de dados e conteúdos que tornam serviços e empresas mais ágeis, respondendo questões organizacionais (Dobre & Xhafa, 2014).
REFERÊNCIAS
DAMERI, R. P. . Searching for smart city definition: a comprehensive proposal. International Journal of Computers & Technology, 11(5), Council for Innovative Research, 2013. Disponível em:<https://rajpub.com/index.php/ijct/article/view/1142ijct>. Acesso em: 03 abr. 2020.
DOBRE, C., & XHAFA, F. . Intelligent services for Big data science. Future Generation Computer Systems, 37, 2014. Disponível em:<https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0167739X13001593>. Acesso em: 03 abr. 2020.
GUBBI, J., BUYYA, R., MARUSIC, S., & PALANISWAMI, M. Internet of Things (IoT): A vision, architectural elements, and future directions. Future Generation Computer Systems, 29(7), 2013. Disponível em:<https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0167739X13000241>. Acesso em: 03 abr. 2020.
SCHWAB, K. (2016). A Quarta Revolução Industrial. São Paulo: Edipro. 160p.