Aula 3 - Internet, Softwares e Biblioteca Digital
Postagem realizada em: 14/05/2020 às 15:48:43 - Última atualização em: 14/05/2020 às 15:49:06
Autor: Natalia Silva
O desenvolvimento da Internet
A postagem da aula 3 é sobre a internet e seus suas derivações. A internet é o segundo maior sistema de comunicação existente no universo, superado apenas pelo alcance e volume do sistema mundial de telefonia. Tornou-se uma rede global de informações em espaço ilimitado, presente em várias comunidades. Inicialmente, o desenvolvimento da rede foi destinado a uso militar, tem sua origem em 1970 na ARPANET, pelo Departamento de Defesa Americano. Em 1985 a internet é criada e perde seu caráter militar, englobando agências civis do governo americano e, redes de universidades, institutos de pesquisa americanos e empresas.
A internet é considerada uma meta-rede que interliga milhões de computadores de pequeno, médio e grande porte, através de linhas telefônicas, cabos de fibra ótica e satélites. Os serviços mais utilizado na internet são para transmissão e recebimento de mensagens, transferência de arquivos e login remoto. Atualmente, a Internet 2 permite a transmissão de imagens em tempo real, vídeo-conferências em alta qualidade e discussões sobre diferentes tipos de softwares, como os chamados softwares livres.
Identificadores presentes no endereço do computador:
com = comercial
edu = educacional e pesquisa
org = organizações sem fins lucrativos
gov = organizações governamentais
br = Brasil
jp = Japão
pt = Portugal
etc.
Mas afinal, o que é um Software livre?
Segundo a Free Software Foundation, software livre é qualquer programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado, modificado, e redistribuído com algumas restrições,ao anexar uma licença de software livre, torna o código fonte do programa disponível. As definições de software livre se opõe ao conceito que software proprietário, que é licenciado com direitos exclusivos para o produtor, que pode ser abrangido por patentes, direitos de autor assim como limitações para sua exportação e uso em países terceiros.
Definições e liberdades de Software Livre, segundo Free Software Foudation:
Liberdade nº 0: Executar o programa, para qualquer propósito.
Liberdade nº 1: Estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
Liberdade nº 2: Redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo.
Liberdade nº 3: Possibilidade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
Ainda dentro desta temática, a seguir será apresentada as definições e características de Software Livre; Software em Domínio Público; Copyleft e Open Source.
O software livre, quando combinado com licenças típicas (como GPL e BSD), garante a autoria do desenvolvedor ou organização. O software em domínio público acontece quando o autor do software relega a propriedade do programa e este se torna um bem comum. Sendo assim, um software em domínio público pode ser considerado um software livre.
Licenças como a GPL contêm um conceito adicional conhecido como Copyleft, baseado na propagação de direitos. Um software livre sem copyleft pode ser tornado não-livre por um usuário, já um software livre protegido por copyleft deverá repassar os direitos. Fazendo uma associação entre os conceitos de copyleft e software livre compreende-se que os programas e serviços derivados de um código livre devem obrigatoriamente permanecer com uma licença livre, onde os detalhes de quais programas, quais serviços e quais licenças são definidos pela licença original do programa. Ainda assim, o usuário permanece com a possibilidade de não distribuir o programa e manter as modificações ou serviços utilizados por si próprio.
O software open source (código aberto) é um tipo de software que possui seu código fonte visível publicamente, respeita as quatro liberdades definidas pela Free Software Foundation, porém, não estabelece certas restrições como as contidas na GPL.
Software Livre e Open Source: Quais são as diferenças?
Os defensores do software livre defendem que a liberdade é valiosa do ponto de vista técnico, e também sob a ótica da questão moral. Neste aspecto, o termo software livre é utilizado para se diferenciar do movimento de software de código aberto, que enfatiza a superioridade técnica em relação a software proprietário. Esse defensores argumentam a respeito das virtudes pragmáticas do software livre ao invés das questões morais. A discordância básica do Movimento Open Source com a Free Software Foundation é a condenação que esta faz do software proprietário. Existem muitos programadores que usam e contribuem software livre, mas que ganham dinheiro desenvolvendo software proprietário e não consideram suas ações imorais.
A definição de software livre geralmente é considerada mais rigorosa, na prática, todo software de código aberto é também considerado software livre. O movimento software livre não toma uma posição sobre trabalhos que não sejam software e documentação dos mesmos, mas alguns defensores do software livre acreditam que outros trabalhos que servem um propósito prático também devem ser livres. Para este movimento social, não é ético aprisionar conhecimento científico, que deve estar sempre disponível para permitir assim a evolução da humanidade. Já o movimento Código Aberto, voltado ao mercado, prega que o software desse tipo traz diversas vantagens técnicas e econômicas. Este surgiu para levar as empresas a adotarem o modelo de desenvolvimento de software livre.
Internet da Biblioteca Digital Mundial
Está disponível pelo link https://www.wdl.org/pt/ o lançamento da WDL, a biblioteca digital disponibilizado pela Unesco que reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as relíquias culturais das bibliotecas. A biblioteca digital tem sobretudo um caráter patrimonial, antecipou em LA NACION Abdelaziz Abid, coordenador do projecto impulsionado pela UNESCO e outras 32 instituições. A BDM não oferecerá documentos correntes, a não ser com valor de patrimônio, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em idiomas diferentes: árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português. Além destes, há documentos em mais de 50 idiomas. Entre os documentos mais antigos há alguns códices pré-colombianos, contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em 1562, explicou Abid.
Os conteúdos incluem o Hyakumanto darani, um documento em japonês publicado em 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato dos astecas que constitui a primeira menção do Menino Jesus no Novo Mundo; trabalhos de cientistas árabes desvelando o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos e esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.
A biblioteca possui fácil navegação e os documentos aparecem acompanhados de uma breve explicação do seu conteúdo e seu significado. Esses documentos foram passados por scanners e incorporados no seu idioma original, as explicações aparecem disponíveis em sete línguas, entre elas o português. A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações. O acesso é gratuito e os usuários podem acessar diretamente pela Web, sem necessidade de fazer registro.
Referências
RAYMOND, Eric. Software proprietário. [S. l.], 2012. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Software_propriet%C3%A1rio. Acesso em: 5 maio 2020.
Harnard Stevan and Brody Tim (2004) Comparing the Impact of Open Access (OA) vs. Non-OA Articles in the Same Journals. D-Lib Magazine. Disponível em: http://www.dlib.org/dlib/june04/harnad/06harnad.html, acesso em 10 de Maio 2020.
GUIA da Internet. Revista da Folha de S. Paulo, 20 out.1999.
MARTHE, Marcelo. A guerra dos Buscadores. In: Revista Veja, número 1881.24 de novembro de 2004.
LIMA, João Gabriel. Isso sim é revolução. In: Revista Veja, número 1885.22 de dezembro de 2004.