Seminário VI: Recursos de Busca da Internet - Google e seu universo


Os alunos do período da manhã Larissa Vieira Souza, Luma Pereira de Almeida e Rodrigo Akio Siqueira Sono criaram o seminário sobre recursos de busca da internet: Google e seu universo. A apresentação é de formato padrão e está estruturada em uma cronologia da história da tecnologia e do desenvolvimento dos navegadores e buscadores, a história do Google, seu mecanismo de ranqueamento de página, estrutura de busca, seu monopólio e dominação no meio, uma breve apresentação de Yahoo e Bing, sua grandeza nacionalmente e como e porque o Baidu é o maior buscador no país chinês e termina com uma comparação do Google ao Mundaneum.

O eixo tecnológico se desenvolve pela computação, microeletrônica e telecomunicações, o cronograma, portanto, vai da criação de redes eletrônicas até à internet tornar-se uma rede pública, passando pela produção de componente através do silício e o primeiro computador pessoal. Os navegadores online vem historicamente da WorldWideWeb de Tim Berners-Lee, passa pela guerra dos navegadores entre Netscape e Microsoft (Internet Explorer) travando uma batalha sobre a predominância de seus respectivos navegadores entre o público da web, com a Netscape perdendo aos poucos os usuários. Nos anos seguintes, muitos outros navegadores entram na disputa, como o Safari, Opera e um software livre proeminente, o Mozilla Firefox, desenvolvido pela atual Mozilla Foundation, criado no âmbito pós Guerra dos Navegadores e da perda do monopólio da Netscape, que quando desistiu de concorrer com a Microsoft e o seu software Internet Explorer da Microsoft, disponibilizou o código-fonte do seu navegador e por conseguinte desenvolvendo o Firefox 1.0 em novembro 2004. 

O navegador Google surge em 2008, prometendo superar seus concorrentes em agilidade e segurança, logo desbancando o resto. Os buscadores surgem um ano antes que os navegadores com o Archie e em 1994 entra em cena o Yahoo e logo após, em 1997, dois estudantes de Stanford começam a trabalhar em um famoso motor de buscas com proposta de indexação de resultados por relevância e uma interface simples e mais limpa de propagandas para os usuários: o Google. Oficialmente, a história do gigante da web dá início em 1995 em sua primeira versão voltada para a rede Stanford, a BackRub, e conforme a necessidade de se expandir, seus dois fundadores Larry Page e Sergey Brin, união de um cientista da computação e o matemático resulta na fundação da empresa Google em 4 de setembro de 1998, e devido seu crescimento, em 2003 se instala na sede que a empresa está até hoje na Califórnia a GooglePlex, o princípio da ferramenta de busca segue o mesmo da Science Citation Index: PageRank. Um mecanismo algorítmico que usa uma estrutura de link para indicar o valor de uma página, ou como posto na apresentação: 

Google interpreta um link da página A para a página B como um voto da página A para a página B [...] Uma boa unidade de medida para definir o PageRank de uma página pode ser a percentagem (%) que ela é mais importante. Por exemplo, se uma página tem PageRank.

Em 2015 a Google entrou para conglomerado da Alphabet Inc, fundada pelos mesmos criadores do seu motor de busca, e atualmente seu CEO é o indiano e engenheiro metalúrgico Sundar Pichai, que também está atualmente nos cargos de CEO e presidente da Alphabet Inc.

Apesar de não se encaixar nas definições clássicas de monopólio, a Google aprimora constantemente seu principal produto, a ferramenta de busca, e procura buscar complementos para seus demais produtos através do desenvolvimento de novos produtos que possuem funcionalidade própria para que os usuários estejam sempre utilizando produtos da empresa, e comprar novas iniciativas para neutralizar potenciais competidores e portanto: “ainda assim personifica, dentro do mercado de tecnologia, a figura de um competidor dominante, que trabalha deliberadamente para barrar o crescimento de eventuais concorrentes.” Portanto, de acordo com Wu (2012, p. 137) “o que agora parece possível, e sem precedentes, é um monopólio da internet muito bem defendido, funcionando com um sistema aberto” A empresa promove um monopólio de internet e ainda se encaixa no princípio de rede aberta.

Após uma breve introdução do Bing e hoo, e a estatística de que o Google é utilizado por 84,4% de brasileiros no mercado de buscadores, temos o panorama de como funciona o maior buscador em território chinês e a exceção googleana chinesa: Baidu, que se adaptou à censura estatal e é disponibilizado em mandarim. 

Por fim, é discutido como buscadores cumprem papel protagonista em difusão de informações no meio digital, e o Google se estabeleceu como ator principal deste nicho, coletando todas as informações produtivas na internet.


 

 

REFERÊNCIAS

 

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