Tipos de fontes de informação: fotografia


Na aula de hoje, a professora fez uma traçada histórica sobre a evolução dos diferentes tipos de fontes de informação. Parafraseando o que fora dito em sala: “para perenizar o curso do rio, utilizamos os diferentes recursos que nos são disponibilizados”. Com essa frase, é possível entender a motivação por trás da multiplicidade de caminhos para se perpetuar o conhecimento. Vemos que desde o século XI, com o surgimento das universidades e latente produção de conhecimento, até o século XXI, com a facilidade do registro trazida pelos suportes digitais, a perpetuação dos saberes depende muito da ação de nossos antepassados. 

Ademais, é possível perceber também que os grandes acontecimentos da humanidade, como a Revolução Industrial ou o cientificismo, são intrínsecos a história das diferentes formas de inscrever o conhecimento em suportes. Um grande exemplo disso, é o surgimento da fotografia, que servindo como extensão de nossas capacidades visuais, emergiu para os campos das artes, do fazer científico antropológico, desenvolvendo também novas formas de comunicação em massa. É notável que, até se chegar a facilidade de captura de imagem dos smartphones, por exemplo, o ser humano buscou diversas formas de se capturar visualmente a concretude do real. 

No final do século XIX, há então a criação do daguerreótipo, feito por Louis Daguerre, que após o estudo sobre técnicas anteriores, como a litografia, heliografia e até mesmo câmara escura, conseguiu criar um mecanismo que utiliza luz e iodeto de prata para capturar imagens do real. O daguerreótipo foi lançado em 1939 e se encaixou perfeitamente nas lógicas da Revolução Industrial, visto que, nessa época metade da população era analfabeta e reprodução rápida e em larga escala de imagens foi essencial para a propaganda política. Mas, ao longo do tempo houve o aperfeiçoamento dessa máquina, com o uso do colódio úmido, gelatina-bromuro, até a criação da máquina portátil em 1895. 

Portanto, nota-se que o avanço das tecnologias fotográficas se dá não apenas pelo melhoramento da qualidade das imagens capturadas, como também pela velocidade em que as mesmas são produzidas, seguindo a lógica dos ideais liberais então vigentes no fim do século XIX e início do século XX. Termino essa breve explanação por aqui, mas deixo a reflexão de que, muitas foram as invenções em torno da fotografia após o período citado e que, da mesma forma em que a escrita passou por múltiplos suportes e permanece em muitos, a imagem também irá percorrer diversos caminhos até se chegar a forma em que funciona nos dias de hoje. 

 

Referência

FABRIS, Annateresa. Fotografia: usos e funções no século XIX. Edusp, 1991.

L’Atelier de l'artiste : un daguerréotype de 1837, réalisé par l’inventeur de ce procédé photographique, Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851).

 

Ana Júlia C. B. dos Santos 

 NºUSP: 11226955

 


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