Literatura Cinzenta - Relatório dos seminários dos anos anteriores
Postagem realizada em: 28/09/2020 às 12:55:20
Autor: Marina Haussauer

Atividade externa: relatório dos seminários temáticos das turmas anteriores
O objetivo do relatório é analisar três trabalhos feitos em anos anteriores sobre Literatura Cinzenta. Os anos escolhidos foram 2015, 2016 e 2018.
Trabalho de 2015
Esse trabalho foi produzido por Alexandre Dantas, Ingrid Cadidé e Sheila Galdino, no ano de 2015. O grupo inicia sua apresentação com a definição de literatura cinzenta como “documentos semi publicados e não convencionais produzidos em âmbitos governamentais, acadêmicos, comerciais e industriais”. Logo após a conceituação, eles trazem as características dessa literatura, o contexto histórico, panorama e a uma tabela de cores dos documentos que propõem diferentes colorações para diversos documentos, como “livros pretos” para documentos fiscais, ”livros brancos” para documentos oficiais, “livros vermelhos”, atribuição dada a documentos ditos perigosos, dentre outros.
Os materiais documentais escolhidos para serem explorados foram os seguintes: teses, eventos e relatórios. Para cada um deles, o grupo traz definição, características principais e contexto histórico mundial e nacional. Ao final, eles citam as principais instituições que produzem e fazem uso da literatura cinzenta no Brasil, com enfatizando as cidades de: Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
O livro mais referenciado neste trabalho é a obra “Fontes de Informação para Pesquisadores e Profissionais”, organizada por Bernadete Campello. Ela é Mestre em Biblioteconomia e professora da Escola de Ciência da Informação da UFMG.
Trabalho de 2016
Neste seminário, o grupo formado por Felipe Bertoni Ferreira, Hadassa De Zen Itepan e Lígia Mosolino de Carvalho iniciam sua exposição com definições, história, características do material e os exemplos a serem explorados. Para esse trabalho, a Biblioteca Dante Moreira Leite, do Instituto de Psicologia da USP foi o local escolhido para a pesquisa. Ele fazem uma rememoração da história do espaço e já passam para os cinco materiais que eles encontraram no acervo. Cito: Relatórios técnicos; Anais de Congressos; Dissertações; Teses de Doutorado; Teses de Livre-Docência.
Para cada material há definição, história e exemplos, feitos de forma cuidadosa e completa. Nos exemplos, o grupo traz fotos, os aspectos intrínsecos (identificação, propósito, alcance, arranjo, informações dadas, acesso, versões digitais e outras características) e extrínsecos (com características e observações) dos objetos de estudo. Ao final, o grupo cria considerações finais pessoais sobre o acervo encontrado no IP/USP.
Assim como o seminário de 2015, o livro mais referenciado neste trabalho é a obra organizada por Bernadete Campello, intitulada “Fontes de Informação para Pesquisadores e Profissionais”.
Trabalho de 2018
Os estudantes Gabriela Brancaglion Alfonso, Helio Ohmaye e Jéssica Mendes Dornelas iniciam o trabalho trazendo algumas definições sobre literatura cinzenta. Sendo elas: A definição do Congresso de Literatura Cinzenta em Luxemburgo; definição por Campello, Vendón e Kremer e definição pelo Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia. Apresentam também a partir do Interagency Gray Literature Working Group (1995), a literatura cinzenta como "elemento disponibilizado comumente em canais especializados, sem vínculo com livreiros ou outros revendedores de materiais bibliográficos."
Na sequência, a “Tabela de cores dos documentos na Inglaterra” utilizada no séc. XIX, que apareceu no grupo de 2015, ressurge com as tipologias de materiais a partir de sua distribuição e/ou conteúdos. Além dessa, outra tabela também aparece no trabalho e pretender fazer a diferenciação dos materiais dentro do espectro cinza: cinza-claro (relatórios oficiais, documento estatísticos, newsletter, documentos relacionados a legislação, artigos pré-publicados); cinza-médio (testes e relatórios internos) e, por fim, cinza-escuro (materiais de trabalho e de organização básico).
O grupo traz exemplos encontrados na Biblioteca da Escola de Comunicações e Artes da USP, sendo eles boletins, anais, normas anais, TCCs, e o código de catalogação bibliográfica RDA. E para a finalização do trabalho, eles optam por fazer um “resumão” da literatura cinzenta e tratar da “explosão da informação”, utilizando do trabalho da Prof.ª Dra. Brasilina Passarelli. Diferente dos outros dois grupos, a bibliografia utilizada não parece estar focada em um único livro, mas experimenta recorte de diversos autores.