Postagem realizada em: 22/10/2020 às 12:09:40
Autor: Laiza Silva do Carmo

A oficina de identificação e gestão de coleções bibliográficas foi realizada no dia 20 de outubro de 2020 pela palestrante Alícia Duhá Lose através de uma sala do Google Meet disponibilizada pela equipe da 14ª Semana de Biblioteconomia promovida virtualmente pelos discentes da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

O objetivo da oficina foi exibir casos concretos, por meio livros e manuscritos, explicitando o tratamento e a funcionabilidade e a importância da elaboração de um inventário para gestão de acervos especiais, assim como a significância da caracterização individual de cada item, analisando a materialidade, a relação com tempo-espaço-cultura de uma dada época com o intenção de reconhecer o acervo a por meio de sua relevância como patrimônio cultural.

Para trabalhar com acervos especiais é fundamental reconhecer o acervo como patrimônio, ser um conhecedor do tipo de material que compõe a coleção, saber como funciona o mercado editorial e área cultural e também enxergar além do óbvio.

A elaboração de um inventário tem mais notoriedade que uma catalogação do acervo para uma instituição porque ele descreve e individualiza a obra como única, logo o profissional que desempenhar esse trabalho deve analisar a obra minuciosamente.

Um inventário promissor exige algumas habilidades do responsável pela sua construção como conhecimento em bibliografia material, paleografia, ecdótica e codiologia e também ter erudição.

A bibliografia material é uma analise cuidadosa da obra, analisar a capa, a folha de rosto, as páginas, verificar se o livro possui alguma informação relevante como por exemplo o número de edições, se o tradutor ou ilustrador são relevantes, entre outras coisas, e esses detalhes são para a entender a história do material.

A paleografia é o estudo da escrita de textos manuscritos, ecdótica é a ciência que busca restituir a forma mais próxima do que seria a redação inicial de um texto, codiologia tem como objeto de estudo o códice ou codex e trabalha com a sua descrição técnica e análise e a erudição é buscar aprender sobre a cultura e obter conhecimento para desempenhar um bom trabalho, não é aquela erudição que divide as pessoas por classe sociais.

A prática de inventariar ajuda as instituições a manter a segurança das obras,  reconhecer a individualidade de cada material que integra o acervo, da mesma maneira que executa um papel fundamente para sociedade de manter a memória dos patrimônios culturais.

É possível concluir que a oficina de identificação e gestão de coleções bibliográficas foi muito enriquecedora, além dos temas citados anteriormente também tiveram falas sobre a conservação e preservação do material, o que deixaria esse post muito maior, mas é por hoje chega! Muitas informações apresentadas pela palestrante ainda não eram de conhecimento da turma o que com certeza gerou uma vontade imensa de aprender mais sobre o tema.