Discussão sobre as resenhas


Quando na década de 1980 surgiram os computadores pessoais, teve início uma maior aproximação entre homem e máquina, mudando para sempre as relações não apenas do ser humano com o computador, mas também o modo como passou a ser a comunicação entre humanos. Neste contexto, a aula de hoje abordou muitos aspectos positivos e negativos concernentes aos avanços promovidos pela evolução e revolução que culminaram nos dias atuais. Foram apontadas questões importantes inerentes a esses avanços, tais como a velocidade de circulação da informação e do conhecimento, com a emergência das Bases de Dados Bibliográficas, sobretudo. Como referência a um dos três artigos indicados pela professora Brasilina, “Transliteracias: A Terceira Onda Informacional nas Humanidades Digitais”, mencionou-se o fato de atualmente a internet estar cada vez mais próxima da comunicação humana, pelo uso mais refinado das linguagens naturais, e aumento das redes de interfaces complexas criando teias digitais. Todavia, como lembrado pela professora, existem ainda lacunas a serem preenchidas neste processo, visto que muitos ainda estão excluídos do mundo digital e, por conseguinte, privados do acesso à informação e todas as formas de comunicação que pode ser proporcionada. Neste sentido, muitos esforços estão em andamento, como é o caso do Programa AcessaSP, do qual a professora Brasilina foi parte integrante e pontuou a importância dele, por fornecer aos participantes do Projeto “treinamentos” e o conhecimentos relativos à “proteção de dados”. Ao se voltar para a área das comunicações, professora mencionou o fato de haverem poucos bibliotecários fora dos ambientes digitais e asseverou a necessidade dos profissionais estarem mais atentos e buscarem formas de conhecimento e competência que permitam a inserção deles neste contexto. A cita a pandemia como uma amostra do quanto os meios de produção cultural e científicos se tornaram dependentes das redes de comunicação digital, mesmo as de cunho estritamente social e popular. Uma rápida visita pelo Instagram e Facebook, por exemplo, revela a proporção de publicações, quer de Instituições quer de base pessoal, correspondentes ao conhecimento. Universidades, bibliotecas e museus promoveram desde a disponibilização de seus acervos, mesmo que parciais, a visitas virtuais. , além de cursos onlines. Contudo, a parte negativa que incide principalmente sobre a coleta maciça de dados, sua mineração e usos comercial e político, geram inseguranças e questionamentos acerca dos limites que são ultrapassados e ainda serão, pelas redes de comunicação e as empresas que as detêm. No futuro, como cometa a professora, a conectividade se dará de forma quase que prioritariamente por meio de celulares, devido à Internet 5G, relacionando não apenas seres humanos entre si, à distância, mas aos seus objetos pessoais. Isso acarretará em maior geração de dados, visto que esses dispositivos estão cada vez mais equipados com câmeras, que por sua vez também estão presentes no dia a dia das cidades, dispostas nas ruas para a “segurança” dos cidadãos.

 


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