Postagem realizada em: 19/05/2021 às 21:34:35
Autor: Laiza Silva do Carmo

A profissão de bibliotecário (a) é estereotipada pela figura da mulher, de coque, sentada atrás de um balcão de uma biblioteca gigantesca e que pede silêncio a todo momento. Você ainda vê o bibliotecário nessa posição? Qual é o papel do bibliotecário (a) em pleno século XXI? Vivemos na era da informação e era tecnológica, onde esse profissional pode atuar? Informar é o suficiente ou com advento da tecnologia, a informação precisa minuciosa?

Trabalhando com a tecnologia o profissional atua diretamente com a gestão de bases de dados, atuação de organização de acervo on-line, UX (User Experience), no combate de Fake News, noções de informatização, arquitetura da informação, gestão de repositórios institucionais, etc. Você pensando só nos estereótipos não é mesmo?

Mas, pensando em bibliotecário de referência aquele especialista que trabalha em uma instituição, ele não terá mais um trabalho a ser desenvolvido, uma vez, que a internet conquista os espaços e pode informar desde o analfabeto por meio de vídeo ao intelectual que já utiliza a parte obscura da internet, a deep web?

Existe uma gana muito grandes novos caminhos da Biblioteconomia e eles são compreensíveis porque o mundo está mudando, logo a profissão também precisa tomar novos rumos. No entanto, a um desconforto quanto as manifestações da mudança de nome do curso para Ciências da Informação.

Segundo o Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia, Biblioteconomia “... parte da bibliologia que trata das atividades relativas à organização, administração, legislação e regulamentação das bibliotecas...”. (CUNHA; CAVALVANTI, 2008, p.55) já o termo Ciências da Informação do mesmo dicionário define por “...disciplinas que têm por objeto o estudo dos processos e sistemas de informação. <=> arquivologia, biblioteconomia, ciência da informação...”. (CUNHA; CAVALVANTI, 2008, p.81)

A parte de organização, administração, legislação e regulamentação de bibliotecas continuará a existir! A Biblioteconomia com certeza deve tomar novas formas, se reconhecer dentro dos novos espaços proporcionado pela Era Tecnológica, porém não deve esquecido a potência dos espaços físicos e a aplicação do “Science Literacy” (alfabetização científica) ao público menos favorecidos pelos recursos do Estado.

Os novos mecanismos de comunicação proporcionados pela tecnologia são eficientes e acessíveis a todos os tipos de públicos, no entanto é preciso evidenciar que a tecnologia também são um mecanismo de exclusão, quando não existe uma política de desenvolvimento para aprendizado desses recursos.

O bibliotecário (a) do futuro que está sendo visto como o gestor de bases de dados, organizador de acervo on-line, desenvolvedor de UX, também pode ser o profissional que vai proporcionar o diálogo com essas novas ciências dentro da biblioteca, utilizar os recursos aprendidos na Biblioteconomia para ajudar a população a reconhecer os novos desenvolvimentos tecnológicos e transformar a população de espectador para protagonista.