Postagem realizada em: 19/05/2021 às 23:20:56 - Última atualização em: 06/07/2021 às 02:40:13
Autor: Camila Girotto

Apesar de as bases de dados voltadas às ciências biológicas e exatas serem ainda as predominantes, as bases de dados sobre as humanidades têm tido um crescimento importante, com o aumento do número de publicações e de bases específicas para essa área. O pesquisador em humanidades pode ter uma dificuldade para o uso inicial desse recurso de pesquisa (já que esses usuários estão mais acostumados a recorrer a livros e outros materiais impressos e digitais, sem necessariamente o intermédio da pesquisa pelas bases disponíveis).

Sobre a área de Artes, foi apontado que existe um certo desfalque de artigos e publicações disponíveis nas bases de dados, o que pode ser resultado do fazer próprio das Artes, isto é, os estudantes e demais artistas demonstram uma preferência em realizar produções artísticas e não necessariamente publicar textos acadêmicos a respeito de suas obras, de outros artistas ou demais assuntos pertinentes.

Destaca-se, não só quanto às bases de dados em humanidades mas as de todas as áreas, o papel negativo que as grandes casas editoriais têm sobre o monopólio da informação - ao cobrarem pelos serviços (tanto do usuário quanto das universidades e dos próprios autores dos textos), cria-se mais uma barreira para o acesso ao conhecimento (mesmo aquele produzido por universidades e instituições públicas). Neste sentido, valoriza-se o esforço de iniciativas como o ScienceHub e o Library Genesis, que oferecem a possibilidade de acesso a obras e artigos que, seja pela raridade da obra, pela dificuldade em encontrá-la, ou pelos interesses financeiros das grandes editoras, o usuário não teria condições para ler aquele material.