Resenhas


Resenhas 

 

Caroline Resende Rodriguez - 11760037 


 

Resenha 2: Do mundaneum à web semântica

Referência: PASSARELLI, Brasilina. Do mundaneum à web semântica: discussão sobre a revolução nos conceitos de autor e autoridade das fontes de informação. DataGramaZero, v. 9, n. 5, 2008. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/6370. Acesso em: 18 set. 2021.


 

  • Mundaneum: a Internet em fichas de papel

O Mundaneum foi um museu inaugurado em 1910 para abrigar fisicamente toda produção de conhecimento, continha uma enciclopédia universal criada usando o acervo coletado e indexado. Foi fechado em 1934, tendo o acervo disperso por várias instituições. Paul Otlet tinha uma visão futurista e muitas coisas desenvolvidas com a internet foram, primeiramente, idealizadas por ele.

  • As três gerações da Web

    • Hipertexto - termo desenvolvido por Theodore Nelson 

    • Internet - desenvolvido por Tim Berners-Lee, críticas de Nelson por ter uma estrutura bidimensional, que permitia aos cientistas compartilharem informações

    • Desenvolvimento de um “novo mundo” no século XX - gerando uma sociedade em rede, economia informacional e global e a cultura da virtualidade real 

    • WWWC (World Wide Web Consortium): modelo aberto baseado na neutralidade e igualdade de acesso, instaurando uma rede de comunicação horizontal 

    • Web 1.0 - primeira geração comercial da Internet com conteúdos de baixa interatividade 

    • Web 2.0 - redes sociais e folksonomias, compartilhamento mais intenso de informação (youtube, wikipedia)

    • Web. 3.0 - “Web semântica” - desenvolvimento de busca de conteúdos por metadados com descrições ligados aos conteúdos originais 

  • Revolução nos conceitos de autoria e autoridade das fontes de informação nas plataformas open access

Na década de 1990  foram desenvolvidos softwares que permitiam a autoria coletiva e cooperativa nos ambientes virtuais, sites que os usuários podiam agregar ou editar informações. Assim, o hipertexto, por permitir um caminho não linear, ao se alinhar com as potencialidades da Web permite que a informação seja mais interativa e transitória. No entanto, essas publicações geraram conflitos entre a comunidade científica e o movimento de livre acesso, por conta da falta de uma avaliação formal  por pares e conhecimento ser dividido em mini-narrativas. Um dos críticos é Jaron Lanier, que critica a morte do autor individual em espaços de criação de conteúdos coletivos e critica o conceito equivocado da crença incontestável dos coletivos digitais. Por conta desses coletivos digitais, há uma grande disputa de Copyright. A partir disso, se desenvolveu a ideia do “transcopyright”, que consistiria em um licença que serviria para a  livre utilização de conteúdos online. 

 

Resenha 2: A Escola do Futuro (USP) na construção da cibercultura no Brasil

 

Referencia: JUNQUEIRA, Antonio Helio; PASSARELLI,  Brasilina.A Escola do Futuro (USP) na construção da cibercultura no Brasil: interfaces, impactos, reflexões. LOGOS 34: O Estatuto da Cibercultura no Brasil, v.34,  n.1, 2011. Disponível em:http://www.logos.uerj.br/PDFS/34/05_logos34_junqueira_passarelli_escola.pdf. Acesso em: 18 set. 2021.


 

Da inclusão digital às literacias emergentes na web 2.0: uma trajetória de vinte anos.

Na década de 1990 surgiu na USP o Núcleo de Pesquisa das Novas Tecnologias Aplicadas à Educação Escola do Futuro, um grupo de pesquisadores voltados para entender as perspectivas das novas tecnologias de informação e comunicação, assim passaram a estudar a “sociedade em rede” e os atores desta rede. Esse estudo começa a partir de um crescimento acelerado da oferta e do acesso aos computadores pessoais, que ocorreram na década de 1980. Assim, primeiro houve uma preocupação para as políticas de programação e inclusão digitais e posteriormente houve uma busca do entendimento das diferentes formas de apropriação das informações e produção de conhecimento.

Emergência das literacias digitais e da etnografia virtual: novas metodologias para o estudo dos atores em rede. 

A partir do termo em inglês literacy, que significa letramento, habilidade ou competência, se desenvolve o termo “literacia digital”, que é  uma habilidade em que o indivíduo, na web,  consegue compreender e utilizar a informação de múltiplos formatos e fontes. Com tal habilidade o indivíduo se torna capaz de julgar os conteúdos encontrados na internet, justapor conhecimentos encontrados e manter informações constantemente atualizadas. Nas últimas décadas o termo modificou para literacias digitais, pois além da necessidade de habilidades motoras e interação pessoal, há necessidade de habilidades cognitivas, relacionadas com o raciocínio, intelecto e capacidade de análise, avaliação e crítica, viabilizando  o aprendizado e raciocínio independente e autônomo. Nessa situação, o sujeito se torna capacitado para perceber a informação de forma crítica, saindo de uma posição de neutralidade, assim passam a adquirir uma perspectiva emancipadora e libertadora, gerando uma promoção de um protagonismo individual.

Projetos de intervenção na educação e cidadania: o NAP EF/ USP na vanguarda na pesquisa-ação

É um projeto pautado pela busca da inovação no uso das tecnologias de informação e comunicação, possibilitando um protagonismo digital dos públicos beneficiários, seguindo uma proposta de pesquisa-ação criando uma conexão entre sujeito e objeto 

  • Inclusão digital da população carente: Programa AcessaSP

    • disponibilização de equipamentos, infraestrutura e acesso a internet gratuita que permite a inclusão digital e, também, a produção de conteúdos educativos 

  • Programa Rede EntreMeios São Bernardo do Campo

    • atualização do ambiente de aprendizagem

  • Programa Acessa Escola

    • desenvolvimento de ferramentas que o sujeito assume papéis ativos de produção e compartilhamento de informações 

    • formando comunidades virtuais de aprendizagem

O Observatório da Cultura Digital: emergência das abordagens contemporâneas na investigação empírica

Surge a partir da necessidade de uma busca científica do universo midiático da “sociedade em rede”, assim desenvolveram guias metodológicos pautados pela etnografia para investigar os comportamentos e movimentos dos atores da cultura digital, pois há uma necessidade de distanciamento para conseguir interpretar a nova cultura emergente.

  • Uma visão do futuro

    • novas lógicas e semânticas estão sendo inventadas e escritas na virtualidade da sociedade, com novos atores em rede, sendo o interpretar e compreender esses fenômenos o desafio


© 2017 - 2025 by NeoCyber.