Resenhas
Postagem realizada em: 25/09/2021 às 18:04:23
Autor: Caroline Resende Rodriguez
Resenhas
Caroline Resende Rodriguez - 11760037
Resenha 2: Do mundaneum à web semântica
Referência: PASSARELLI, Brasilina. Do mundaneum à web semântica: discussão sobre a revolução nos conceitos de autor e autoridade das fontes de informação. DataGramaZero, v. 9, n. 5, 2008. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/6370. Acesso em: 18 set. 2021.
-
Mundaneum: a Internet em fichas de papel
O Mundaneum foi um museu inaugurado em 1910 para abrigar fisicamente toda produção de conhecimento, continha uma enciclopédia universal criada usando o acervo coletado e indexado. Foi fechado em 1934, tendo o acervo disperso por várias instituições. Paul Otlet tinha uma visão futurista e muitas coisas desenvolvidas com a internet foram, primeiramente, idealizadas por ele.
-
As três gerações da Web
-
Hipertexto - termo desenvolvido por Theodore Nelson
-
Internet - desenvolvido por Tim Berners-Lee, críticas de Nelson por ter uma estrutura bidimensional, que permitia aos cientistas compartilharem informações
-
Desenvolvimento de um “novo mundo” no século XX - gerando uma sociedade em rede, economia informacional e global e a cultura da virtualidade real
-
WWWC (World Wide Web Consortium): modelo aberto baseado na neutralidade e igualdade de acesso, instaurando uma rede de comunicação horizontal
-
Web 1.0 - primeira geração comercial da Internet com conteúdos de baixa interatividade
-
Web 2.0 - redes sociais e folksonomias, compartilhamento mais intenso de informação (youtube, wikipedia)
-
Web. 3.0 - “Web semântica” - desenvolvimento de busca de conteúdos por metadados com descrições ligados aos conteúdos originais
-
-
Revolução nos conceitos de autoria e autoridade das fontes de informação nas plataformas open access
Na década de 1990 foram desenvolvidos softwares que permitiam a autoria coletiva e cooperativa nos ambientes virtuais, sites que os usuários podiam agregar ou editar informações. Assim, o hipertexto, por permitir um caminho não linear, ao se alinhar com as potencialidades da Web permite que a informação seja mais interativa e transitória. No entanto, essas publicações geraram conflitos entre a comunidade científica e o movimento de livre acesso, por conta da falta de uma avaliação formal por pares e conhecimento ser dividido em mini-narrativas. Um dos críticos é Jaron Lanier, que critica a morte do autor individual em espaços de criação de conteúdos coletivos e critica o conceito equivocado da crença incontestável dos coletivos digitais. Por conta desses coletivos digitais, há uma grande disputa de Copyright. A partir disso, se desenvolveu a ideia do “transcopyright”, que consistiria em um licença que serviria para a livre utilização de conteúdos online.
Resenha 2: A Escola do Futuro (USP) na construção da cibercultura no Brasil
Referencia: JUNQUEIRA, Antonio Helio; PASSARELLI, Brasilina.A Escola do Futuro (USP) na construção da cibercultura no Brasil: interfaces, impactos, reflexões. LOGOS 34: O Estatuto da Cibercultura no Brasil, v.34, n.1, 2011. Disponível em:http://www.logos.uerj.br/PDFS/34/05_logos34_junqueira_passarelli_escola.pdf. Acesso em: 18 set. 2021.
Da inclusão digital às literacias emergentes na web 2.0: uma trajetória de vinte anos.
Na década de 1990 surgiu na USP o Núcleo de Pesquisa das Novas Tecnologias Aplicadas à Educação Escola do Futuro, um grupo de pesquisadores voltados para entender as perspectivas das novas tecnologias de informação e comunicação, assim passaram a estudar a “sociedade em rede” e os atores desta rede. Esse estudo começa a partir de um crescimento acelerado da oferta e do acesso aos computadores pessoais, que ocorreram na década de 1980. Assim, primeiro houve uma preocupação para as políticas de programação e inclusão digitais e posteriormente houve uma busca do entendimento das diferentes formas de apropriação das informações e produção de conhecimento.
Emergência das literacias digitais e da etnografia virtual: novas metodologias para o estudo dos atores em rede.
A partir do termo em inglês literacy, que significa letramento, habilidade ou competência, se desenvolve o termo “literacia digital”, que é uma habilidade em que o indivíduo, na web, consegue compreender e utilizar a informação de múltiplos formatos e fontes. Com tal habilidade o indivíduo se torna capaz de julgar os conteúdos encontrados na internet, justapor conhecimentos encontrados e manter informações constantemente atualizadas. Nas últimas décadas o termo modificou para literacias digitais, pois além da necessidade de habilidades motoras e interação pessoal, há necessidade de habilidades cognitivas, relacionadas com o raciocínio, intelecto e capacidade de análise, avaliação e crítica, viabilizando o aprendizado e raciocínio independente e autônomo. Nessa situação, o sujeito se torna capacitado para perceber a informação de forma crítica, saindo de uma posição de neutralidade, assim passam a adquirir uma perspectiva emancipadora e libertadora, gerando uma promoção de um protagonismo individual.
Projetos de intervenção na educação e cidadania: o NAP EF/ USP na vanguarda na pesquisa-ação
É um projeto pautado pela busca da inovação no uso das tecnologias de informação e comunicação, possibilitando um protagonismo digital dos públicos beneficiários, seguindo uma proposta de pesquisa-ação criando uma conexão entre sujeito e objeto
-
Inclusão digital da população carente: Programa AcessaSP
-
disponibilização de equipamentos, infraestrutura e acesso a internet gratuita que permite a inclusão digital e, também, a produção de conteúdos educativos
-
-
Programa Rede EntreMeios São Bernardo do Campo
-
atualização do ambiente de aprendizagem
-
-
Programa Acessa Escola
-
desenvolvimento de ferramentas que o sujeito assume papéis ativos de produção e compartilhamento de informações
-
formando comunidades virtuais de aprendizagem
-
O Observatório da Cultura Digital: emergência das abordagens contemporâneas na investigação empírica
Surge a partir da necessidade de uma busca científica do universo midiático da “sociedade em rede”, assim desenvolveram guias metodológicos pautados pela etnografia para investigar os comportamentos e movimentos dos atores da cultura digital, pois há uma necessidade de distanciamento para conseguir interpretar a nova cultura emergente.
-
Uma visão do futuro
-
novas lógicas e semânticas estão sendo inventadas e escritas na virtualidade da sociedade, com novos atores em rede, sendo o interpretar e compreender esses fenômenos o desafio
-