Seminário 2: Repositórios Instituicionais e sua inserção nos diretórios de acesso aberto internacionais
Postagem realizada em: 26/10/2021 às 15:49:10
Autor: Nicole Bottene
Pegando o gancho do tema tratado no seminário sobre diretórios, resolvi trazer alguns apontamentos sobre a inserção de repositórios institucionais em diretórios de acesso aberto e, para isso, selecionei dois artigos: “Visibilidade dos repositórios institucionais brasileiros: análise de diretórios internacionais de acesso aberto” de Marra (2014) e “Repositórios institucionais: padrões para registro em diretórios oficiais de acesso aberto” de Silva (2015).
Um importante diretório para os repositórios, citado na maioria dos artigos acerca do tema, é o Directory of Open Access Repositories (OpenDOAR). É um diretório desenvolvido no Reino Unido que conta com uma lista de repositórios do mundo todo com acesso aberto utilizando metadados que são organizados, analisados e categorizados para que os repositórios mostrem informações de qualidade.
Segundo Marra (2014, p. 339), para uma instituição ter seu repositório em tal diretório basta preencher um cadastro com informações como, nome e URL do repositório, instituição vinculada, que a equipe do diretório analisará e decidirá se tal repositório entrará ou não na lista.
A autora ainda coloca que, segundo o site do OpenDOAR, alguns motivos para o repositório não estar listado são: “Ser um sítio repetidamente inacessível; Ser um periódico (Open Access ou de outra forma); Não conter conteúdos de acesso aberto; Conter apenas referências bibliográficas do documento ou links para sítios externos; Ser um catálogo de biblioteca; O sítio requer login para acesso aos conteúdos depositados; Ser um banco de dados privado ou revista que requer uma assinatura para acesso” (MARRA, 2014, p. 339).
Cabe ressaltar que a inserção dos repositórios, sejam institucionais ou não, nos diretórios de acesso aberto são importantes para levantar informação de vários países e dar visibilidade internacional da ciência feita em cada um. Como diz Silva (2015, p. 64), “recomendações do Instituto Brasileiro de Informação, Ciência e Tecnologia (IBICT) em seu papel fundamental de fomento no Brasil nas ações para difusão da Informação Científica através dos Repositórios Institucionais de acesso aberto.”
No entanto, Silva (2015) faz um paralelo com as recomendações do IBICT e critérios para aceitação do OpenDOAR e conclui que há falhas “em relação ao conteúdo e acesso ao conteúdo, contrárias as filosofias do Open Acess” por haver pequenas contradições. Além disso, diz que ser necessário maior envolvimento de todas as parte incluindo o governo para que haja difusão do conhecimento e do uso de tecnologias de acesso aberto, trazendo, pois, uniformidade aos RIs para sejam aceitos nos padrões de diretórios de acesso aberto internacionais.
Referências:
MARRA, P. D. S. C. Visibilidade dos repositórios institucionais brasileiros: análise de diretórios internacionais de acesso aberto. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, v. 8, n. 3, 2014. DOI: 10.3395/reciis.v8i3.672 Acesso em: 26 out. 2021.
SILVA, M. B. S. Repositórios institucionais: padrões para registro em diretórios oficiais de acesso aberto. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v. 11, n. Especial, p. 62-80, 2015. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/4936. Acesso em: 26 out. 2021.