Postagem realizada em: 10/11/2021 às 19:40:42 - Última atualização em: 13/01/2022 às 21:03:39
Autor: Juliana Silva

A busca por um conceito claro da definição de "literatura cinzenta" ainda hoje, é um desafio a ser travado na campo de Biblioteconomia e Ciência da Informação. Em resumo, toda produção literária que não foi pensada inicialmente para a comercialização é consuderada como literatura cinzenta. Andrade e Vergueiro (1996) definem literatura cinzenta como "as publicações não comerciais, não convencionais, difíceis de serem encontradas em canais tradicionais de distribuição e que costumam demandar mais pesquisa para a sua localização e recuperação". Evidentemente, isso significaria abrir o leque de possibilidades de interpretação, porém, pode-se apontar com clareza a peculiaridade do modo de circulação do material (mas não necessariamente de seu acesso), que se mantém fora dos grandes nichos informacionais.

De acordo com Murilo Bastos da Cunha e Cordélia Cavalcanti em seu Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia a literatura cinzenta pode ser definida como "Conjunto de documentos impressos ou multicopiados que não são nem editados, nem difundidos comercialmente. Circulam, geralmente, na administração pública e privada, em congressos, reuniões e centros de pesquisa". Importante salientar que os processos de edição citados aqui são os referentes à publicação comercial. Esta é, obviamente, uma definição dotada de maior rigidez conceitual, mas que aponta os mesmos pilares da definição anterior.

A partir destas duas definições do termo podemos inferir que a literatura cinzenta possui como característica principal o distanciamento da produção pensada para fins comerciais.

Referências:

BOTELHO, R; OLIVEIRA, C. Literaturas branca e cinzenta: uma revisão conceitual. Ci Inf. Brasília, DF, v. 44, n. 3, p. 501 - 513, set./dez. 2015. Disponível em: http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/1804/3251. Acesso em: 10 nov. 2021.

CUNHA, M. B. da; CAVALCANTI, C. R. de O. Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008. 451 p. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/34113. Acesso em: 13 jan 2022.