Aula 21/03 - Computadores e Bases de Dados
Anterior a consolidação da Ciência da Informação (área fortalecida durante o período da guerra), Paul Otlet, desejava desenvolver os recursos da organização do conhecimento, em busca do controle bibliográfico, gerando a partir do alto desenvolvimento e circulação de informação, a criação dos resumos (eng: abstract), capazes de organizar os principais apontamentos dos documentos em representações menores e mais funcionais, uma leitura prévia.
Seu desejo por ampliar as ferramentas da área, fizeram com que desenvolvesse a CDU (Classificação Decimal Universal), juntamente com La Fontaine, para classificar a ciência emergente que a antiga CDD (Classificação Decimal de Dewey) não conseguia.
Seguindo os avanços feitos em período de guerra (sim, a maioria dos avanços tecnológicos de época (entre diversos outros como, culinários, por exemplo) foram feitos durante as guerras), é possível observar nos anos 70, o desenvolvimento das primeiras bases de dados, sendo elas, projetadas para a área da saúde (medicina biologia, química, física e matemática), protagonistas por meio de seu desenvolvimento contínuo e de grande velocidade, valendo ressaltar que por conta de serem avanços feitos em períodos de guerra, as bases eram inicialmente numéricas, pela facilidade de aplicar sua estrutura a área bélica e vice-versa.
Nos anos 80, foi possível presenciar o lançamento dos microcomputadores, fornecendo ao usuário ainda mais autonomia na área tecnológica, mesmo não sendo em proporções minimamente semelhantes aos técnicos e formados do campo (como atualmente), mas ainda sim, fornecia um grande avanço, levando a criação do hiperlink e o início do processo de popularização de produtos tecnológicos e da internet, noção que iria evidenciar cada vez mais a forma com a qual a informação (no âmbito de acesso e acessibilidade) significa poder, entre as fronteiras, além de nos mostrar os primeiros passos da futura globalização e a normalização da convergência entre campos, a interdisciplinaridade.
Atualmente temos à nossa disposição diversos tipos de computadores, com diferentes hardwares, memória RAM, memória interna, placa de vídeo, SSD, HD, CPU, funcionalidades, perfis, sistemas, entre outros componentes que os tornam únicos em objetivos e preços, além de seus tamanhos que podem ser representados por computadores mais robustos com monitores, notebooks, chromebooks e até alguns que vão desde o conceito de smartphones (celulares smart/inteligentes) aos micro dispositivos que podem ser criados com placa-mães minúsculas, exemplos que podem ser encontrados com base na marca Black Berry, conhecida por inovar cada vez mais nesse quesito (em conjunto com os amantes de tecnologia que contribuem para essas pequenas grandes criações).
Além do que foi apresentado acima, obtivemos um grande aumento na acessibilidade com relação aos comandos, não é mais necessário digitar comando por comando na máquina, sendo apresentada ao público, a agora mais cotidiana do que nunca, função de clicar, que vem se desenvolvendo cada vez mais com a ferramenta (exemplo: função de gestos fornecida em alguns dispositivos com Windows) de gestos, fornecendo acesso a recursos com base em combinações que passam a ser cotidianas e cada vez mais práticas (semelhante e até mais práticos que atalhos como Ctrl+C e Ctrl+V) .
Se fossemos colocar nessa linha do tempo, os diversos benefícios que a internet, o computador, a base de dados, entre outras ferramentas trouxeram para a sociedade, seria difícil explicar todas essas questões de forma breve e tão clara sem antes entrarmos em outros campos como o da geografia e da política, por exemplo, para abordarmos a geopolítica e a globalização. Sendo assim, a partir dessa base apresentada, já é possível permitir com que você, caro leitor, consiga ter um ponto de partida a respeito dos primeiros passos da tecnologia que envolve a partilha de dados, o uso de bases e seu impacto no cotidiano, e o uso da internet nos dias atuais.