Ciência aberta e iniciativas brasileiras


Ciência aberta e iniciativas brasileiras

O movimento ciência aberta (eng: open science) traz consigo a ideia que o conhecimento científico é parte do patrimônio da humanidade, desse modo deve estar disponível a todas as pessoas, de modo transparente e por acesso livre. 

Uma das vertentes desse movimento é a busca pela disponibilidade dados abertos, que emerge tendo em vista que essa forma de informação tem sido produzida de forma exponencialmente, a partir das tecnologias digitais e do advento da internet, e seu uso como total orientador de algumas disciplinas científicas (SAYÃO e SALES, 2014). 

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, atenta a essa corrente, lançou o Plano de Gestão de Dados que não só promove o acesso aos dados, como também se preocupa em relação ao modo como eles se tornaram público e seu tempo de preservação. Durante a pandemia do covid-19 a FAPESP também pode contribuir de forma rápida com a disponibilidade de dados confiáveis através do repositório COVID-19 Data Sharing/BR. 

Nessa abertura de dados não só dados científicos estão presentes, mas também os oriundos do governo. No  Brasil é a Lei de Acesso à Informação que garante esse direito, os portais que podem exemplificar tal finalidade são o Dados Abertos da Prefeitura de São Paulo (http://dados.prefeitura.sp.gov.br/) que conta com 75 organizações participantes, e o próprio Portal Brasileiro de Dados Abertos (https://dados.gov.br/) que conta com 209 organizações. 

Cabe ressaltar que mesmo com a abertura dos dados, em muitos casos, a acessibilidade aos cidadãos se torna dificultosa, na medida que as informações são dispostas de modo não direcionado a estes público, e por consequência não compreensíveis a pessoas sem algum conhecimento prévio no assunto remetido pelos dados ou no tratamento destes. Logo, para o público geral, embora os dados se tornem público - aquilo que por direito deveria ser, pois grande parte das pesquisas são mantidas por verba pública - ainda assim esses não conseguem se apropriar efetivamente da informação.

Referências:

FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Open Science @FAPESP. FAPSP, 2019. Disponível em: https://www.fapesp.br/openscience/. Acesso em: 25 mar. 2022.

SAYÃO, Luís Fernando. SALES, Luana Farias. Dados abertos de pesquisa: ampliando o conceito de acesso livre. RECCIS - Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, p. 76-92, jun., 2014. Disponível em: https://www.brapci.inf.br/_repositorio/2015/12/pdf_1eb35b9ea8_0000018277.pdf. Acesso em: 24 mar. 2022.

 


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