Reflexões Sobre a Palestra “Das bases de dados à ciência de dados: IoT, Big Data, Inteligência Artificial e Ciência de Dados”
Postagem realizada em: 07/05/2022 às 00:27:58 - Última atualização em: 07/05/2022 às 00:34:24
Autor: André Sanches
A aula do dia 02/05/2022 foi marcada pela excelente palestra, do Prof. Dr. Alan Angeluci, nomeada “Das bases de dados à ciência de dados: IoT, Big Data, Inteligência Artificial e Ciência de Dados”.
Diversos tópicos levantados durante a palestra suscitaram a atenção e a curiosidade de nós, alunos. Como exemplo, cito o caso do Bug do Milênio (problema causado pela configuração de datas em sistemas informatizados ocorrido na passagem de 1999 para 2000), até então, um acontecimento desconhecido para muitos de nós e que gerou diversos questionamentos e debates em aula. Outros tópicos, essenciais para nós, profissionais da ciência da informação, também foram tratados de forma extraordinária pelo palestrante, pela professora e mediadora Brasilina Passarelli e pelos demais alunos, tais como: Big Data, IA, Ciências de Dados, entre outros.
Aqui, chamo à atenção para a questão do conceito Internet das Coisas (IdC), também conhecido pela abreviação IoT (Internet of Things). O termo foi cunhado em 1999 pelo pesquisador britânico Kevin Ashton, que atua no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e se refere à possibilidade de objetos do mundo físico serem capazes de se conectar a uma rede e armazenarem e transmitirem dados. Essa nova realidade, IoT, permite uma mudança no comportamento da sociedade e também como obtemos informação. Graças à conexão em rede, ou hiperconexão, em que vivemos, produtos e serviços conectados podem alterar a forma que nos relacionamos com as coisas. Por exemplo, um livro ou um objeto qualquer do nosso cotidiano pode e poderá armazenar mais informação do que o objeto físico, geralmente, nos permitiria captar.
Um dos pontos críticos para esta questão é a forma como a nossa informação pessoal também pode ficar exposta e armazenada por grandes grupos econômicos. Isto é, da mesma forma que temos acesso à informação de forma facilitada, também cedemos informações sobre nossos interesses, hábitos, opiniões etc., de uma forma que informação também gera informação.
Um mundo tecnológico e digital, como vivenciamos agora, e que cada vez mais se conecta com o que costumava ser apenas analógico, me suscita muitas questões. O fator sócio-econômico, em tempos de crise, me faz questionar como essa nova realidade pode ser conquistada ou incorporada por pessoas sem acesso integral à Internet das Coisas, por exemplo.
Ainda que Internet das Coisas seja um termo relativamente recente, ela está presente em nossas vidas, ou seja, uma realidade já existente e que, de fato, muda muitos paradigmas na forma como lidamos e nos relacionamos com as pessoas, os serviços e, agora, com os objetos físicos. Resta-nos agir e refletir criticamente em um mundo que nos traz questões sobre comportamento, informação pessoal, acesso à informação, entre outras coisas.