Seminário 6 - IoT, Big Data, IA e Ciência de Dados (13/06)


Encerrando o ciclo de seminários temáticos, as integrantes do grupo 6 Amanda da Rosa, Esther da Silva e Kelly Takara apresentaram o resultado de suas pesquisas sobre Internet of Things (IoT), BIg Data, Inteligência Artificial (IA) e Ciência de Dados. Entre a infinidade de temas que envolvem a atualidade, no sexto seminário foi apresentado o contexto da Revolução 4.0, a definição e o conceito de Big Data, a Lei Geral de Proteção de Dados e suas repercussões em diversas instâncias, o histórico do estudo da Ciência de Dados e as perspectivas para estudos futuros, a Inteligência Artificial (abrangendo sua definição, objetivo, vantagens e desvantagens), a Internet  das Coisas, entre outras discussões. 

 

Estas temáticas são comumente observadas sob um ponto de vista ainda distante, seja em relação ao campo da Biblioteconomia, ou em relação à temporalidade, a qual essas tecnologias são encaradas como existentes apenas no futuro. No entanto, elas já existem e este “futuro” já está, na realidade, acontecendo atualmente. Entre os temas citados no seminário, podemos citar aqui a internet das coisas como uma das tecnologias já existentes e que podem ser muito utilizadas na Biblioteconomia.

 

A IoT permite a conexão de objetos, a coleta e a transmissão de dados, e pode ser utilizada com objetos analógicos e presentes no dia a dia como carros e eletrodomésticos, por exemplo, mas pode, também, ser de grande utilidade em bibliotecas. Gasque e Casarin (2016) indicam que a IoT pode ser utilizada para coletar dados em tempo real não apenas por bibliotecários como também por usuários, e em bibliotecas escolares e universitárias seria um recurso muito importante em pesquisas. Citando Taylor, Subramaniam e Waugh (2015), no ambiente das bibliotecas a implementação de IoT resultaria em um cenários os quais “as coleções tradicionais serão complementadas com informações e dados para suprir as demandas dos projetos e das atividades escolares” (2016, p. 42).

 

Amaral, Juliani e Bettio (2020) apresentam-nos outras alternativas de uso da IoT em bibliotecas, uma vez que este potencial de conectividade pode ser convertido em meios de personalizar os serviços oferecidos, modernizá-los e tornar muitas atividades mais funcionais. Dessa forma, problemas atuais poderiam ser solucionados aos usuários já existentes, e, além disso, seria também possível conquistar novos usuários. Segundo os autores, entre as possibilidades da IoT estão: 

 

  • Serviços de recomendações

  • Rastreamento de livros

  • Monitoramento automático do ambiente físico (temperatura, luminosidade, conforto etc.)

  • Facilidades para acesso e locomoção dentro da biblioteca

 

Nesse sentido, entendemos que “a oferta dessas novidades nas bibliotecas é imprescindível para manter a relevância desses espaços, que sofrem uma disputa acirrada com outros ambientes de informação, em especial a internet. A IoT ao possibilitar que os dados dos usuários, dos materiais bibliográficos disponibilizados e dos caminhos percorridos dentro da biblioteca sejam utilizados, possibilitará a biblioteca oferecer serviços customizados, na medida da demanda de seus usuários” (2020, p. 83). 

 

Diante disso, podemos afirmar que é mais do que necessário ao bibliotecário se envolver com as novas tecnologias pois, por mais tradicionais que pareçam os seus ambientes de trabalho atualmente, o desafio de se atualizar e o esforço de modernizar seus serviços é uma demanda atual e que, nas próximas décadas, aumentará e exigirá muito mais. 


REFERÊNCIAS

 

AMARAL, Fernanda Vasconcelos; JULIANI, Jordan Paulesky; BETTIO, Raphael Wincler de. Internet das coisas aplicada no ambiente das bibliotecas: uma revisão sistemática da literatura internacional. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 25, n. 4, p. 80-101, dez. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pci/a/PtrCfdyXCdKptS9wJ7pFLyp/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 16 jun. 2022. 


GASQUE, Kelley Cristine Gonçalves Dias; CASARIN, Helen de Castro Silva. Bibliotecas escolares: tendências globais. Em Questão, Porto Alegre, v. 22, n. 3, p. 36-55, set./dez. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.19132/1808-5245223.36-55. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/60697. Acesso em: 16 jun. 2022.


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