IoT, Big Data, IA e Ciência de Dados
Postagem realizada em: 12/07/2022 às 20:38:32
Autor: Jonatas Pontes
O fenômeno da explosão informacional proporcionou um aumento exponencial da quantidade de dados, informações e conhecimentos disponíveis à sociedade como um todo. É fundamental falar sobre a inversão da lógica tradicional, em que um lado da relação exercia a função de consumidor e outro de produtor de conteúdo. Isso modificou-se radicalmente, na lógica atual (dialogismo), ambos os lados dessa relação participam ativamente como produtores e consumidores de informação, bem como os próprios meios e máquinas. Como exemplo podemos citar a turbinas da General Eletric, vastamente utilizadas no setor industrial do mundo todo, para as mais diversas finalidades; diuturnamente produzem uma incontável gama de dados sobre seu próprio funcionamento, enviando esses dados a aplicações que conseguem perceber se o funcionamento está adequado, se há algum ajuste necessário, se há alguma urgência, entre tantas outras informações que podem ser, daí, depreendidas. Além dessas possibilidades, a coleta desse tipo de dado permite, no médio prazo, a desenvolvimento de estratégias que visem o aumento de eficiência dessas, diminuindo custos e gastos para uma mesma tarefa.
À essa gigantesca massa de dados é dado o nome de Big Data, fenômeno ainda em estudo, o qual ainda possui uma definição não muito clara, mas sobre o qual temos a certeza de que representa um grande volume de dados, dados que trafeguem em uma alta velocidade, dados que representem a possibilidade de extrair-se valores deles, extremamente variáveis e que sejam verídicos (5 Vs).
Passando para a próxima tecnologia disruptiva, temos a obrigação de citar — usando o mesmo exemplo das turbinas industrias —, o conceito do IoT (Internet of Things), que nada mais é do que a criação de equipamentos que possam ser conectados à rede mundial de computadores a fim de poderem ser controlados remotamente e que possam gerar dados para allimentar a supracitada, Big Data.
Para além da interconexão entre equipamentos e internet, avançando um pouco mais, desdobra-se em frente de nossos olhos um gigante tanto em potencial, quanto em desconfiança — essa, em muito alimentada pelos filmes de ficção científica que apresentam nosso mundo em um futuro distópico, como por exemplo O Exterminador do Futuro —, que é a IA (Inteligência Artifical). Essa, a partir de técnicas computacionais muito específicas (machine learning, deep learning...) permite que os computadores possam usar seu poder computacional para, por si mesmo, desenvolver interações múltiplas a fim de elaborar um "raciocínio", capaz de fazer com que a máquina possa tomar decisões por si só e permitindo que essa "aprenda" de modo exponencial. Para além dos diversos dilemas aí envolvidos, que cremos ser um dos principais pontos sobre os quais cientistas de diversas áreas tenderão a muito discutir nos próximos anos, essa têm se mostrado muito eficaz na resolução de problemas matemáticos, astronômicos, estruturais moleculares entre outros.
Por fim, foi apresentado nesse seminário o conceito da nova ciência que emerge a fim de compreender e trabalhar com tais tecnologias disruptivas supramencionadas, a Ciência de Dados, a qual, sendo uma área multidisciplinar, possui o objetivo de extrair conhecimento e permitir a tomada de decisão a partir da análise e processamento de dados até então considerados por demais nebulosos para técnicas tradicionais isoladas (estatística, ciência da informação e da computação). O futuro está aí às nossas portas como uma onda maremótica que vaticina nos levar, queiramos nós ou não...