Ai, que vontade de espremer uma laranja.


Amigabilidade é Design


Foram abordados durante a aula do dia 9/3
aspectos da historia dos computadores, das TICs e das GUIs. Com o propósito de despertar o senso crítico dos discente foi solicitado que cada um citasse uma interface que considerasse amigável e outra nem-tanto, justificando a escolha através de atributos dos objetos selecionados. Entretanto, por vezes, uma mesma interface que foi selecionada como “amiga” por um indivíduo, e seleta como nem-tanto por outro. Seria então esse conceito tão individualmente subjetivo que não gera consenso nem entre um grupo de falantes da mesma língua, entre 20 e 30 anos, moradores da mesma região metropolitana, estudantes de uma mesma faculdade e mesmo curso? Partindo dessa indagação procurei por atributos que caracterizassem a amigabilidade. Para o Instituto Brasileiro de Amigabilidade e Usabilidade esses são conceitos distintos e complementares, uma vez que o primeiro refere-se a facilidade de uso, enquanto o segundo ao dialogo que estabelece com o usuário.

Entretanto, “(...) Certos autores criticam o uso do último, alegando que a "amigabilidade" está baseada em características de um tipo especial de relacionamento humano, a amizade, que não podem ser reproduzidas entre um usuário e uma máquina (lealdade, etc.). Para esta corrente, somente o termo "usabilidade" seria correto.”

A soma das duas correntes me trouxe imediatamente duas palavras: intuição e emoção. O que se espera de uma GUI amiga é que ela seja intuitiva, ou seja, não precise de etapas que precedam seu uso. Mas qual área estuda o que é intuitivo ou não para um indivíduo? Uma das possibilidades é o design, que basicamente cuida de qualquer processo técnico e criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefato. São nossos queridos designers-do-dia-a-dia (os da dimensão estética do uso) que elaboram espacialmente moveis, utensílios, computadores e badulaques para que possamos compreende-lo visualmente sem a necessidade de manuais e sem gangbanguear  nossos modelos mentais desses objetos. Fiquei mais convencido do papel do design quando soube da existência do Design Emocional, que tem como objeto de estudo o papel das emoções na habilidade humana de entender o mundo, e no nosso processo de aprendizado, no contexto de artefatos virtuais ou não. Versa que o usuário utiliza melhor o objeto quando este tem um apelo emocional, que o ligue nesse nível com o usuário. Concluo, ainda que com pouco estribo, que o  Design do dia-a-dia, aliado ao Design Emocional, são as duas melhores respostas  (por enquanto) para os sites carrancudos e mal encarados que encontramos por aí.

Quanto a elaboração dos sites e portais que comentamos em aula, será que participaram dela designers? Com essas abordagens? Hum?

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